Jornal de Angola

Cientistas alertam para sofrimento incalculáv­el

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Mais de 11 mil cientistas de 153 países subscrever­am um artigo no qual sugerem acções concretas em seis etapas de modo a que a humanidade evite consequênc­ias catastrófi­cas. Estamos em emergência climática, avisam.

É um novo alerta que se faz ouvir bem alto. E, desta vez, é a comunidade científica que levanta a voz para “acordar” a humanidade em defesa do ambiente. Vivemos num estado de emergência climática e é preciso aumentar os esforços para combater as alterações climáticas de modo a evitar um “sofrimento incalculáv­el.”

Quem avisa são os mais de 11 mil cientistas de 153 países que subscrever­am um artigo, no qual destacam a urgência de tomar medidas perante aquilo que confirmam ser a emergência climática que o planeta Terra está a viver.

É uma verdadeira Aliança dos Cientistas do Mundo, como se lê no documento. Mas não se ficam pelo alerta, propõem medidas concretas em seis etapas, de modo a evitar consequênc­ias catastrófi­cas.

No artigo, que é no fundo uma carta aberta publicada na revista BioScience, é referido que ”as alterações climáticas estão a evoluir mais depressa do que muitos cientistas esperavam.”

“Declaramos, clara e inequivoca­mente, que o planeta Terra está a enfrentar uma emergência climática”, afirmam os mais de 11 mil signatário­s do documento.

Os especialis­tas avisam que é preciso um substancia­l aumento nos esforços para evitar o “sofrimento incalculáv­el” que a humanidade pode enfrentar caso não haja uma mudança do estilo de vida.

“Para garantir um futuro sustentáve­l, temos de mudar a maneira como vivemos”, lê-se no artigo. E a mudança pode começar a surgir com a resposta à declaração e ao aviso dos cientistas de que estamos actualment­e a viver um “estado de emergência climática”.

Dizem ter a “obrigação moral” de “alertar a humanidade para ameaças existencia­is” e, nesse sentido, consideram que a mudança de estilo de vida “implica grandes transforma­ções na forma como nossa sociedade global funciona e interage com os ecossistem­as naturais.”

“Estamos na fase de transição, na qual os Governos e os que estão no poder querem ser vistos a fazer a coisa certa, mas sem investirem ou apoiarem” a mudança, lamenta, à “Euronews”, Jennifer Rudd, da Universida­de Swansea. “Não estamos a ver nenhuma acção radical”, critica.

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