“Vozes da Dipanda” chegam ao Rangel
“Vozes da Dipanda” é a denominação do espectáculo que acontece, segunda-feira, dia 11, às 19h30, na Casa de Cultura Nzinga Mbande, em Luanda, com Legalise, Santocas e o grupo Nguami Maka como principais atracções.
Os músicos, que são acompanhados pelos instrumentistas Calili (baixo), Nelas do Som e Zé Mueleputo (guitarras solo e ritmo), Nando (bateria) e Roberto (tumbas), prometem fazer uma incursão pelo melhor do semba, em mais um aniversário da Dipanda.
Um dos destaques é o músico Legalise que tem a responsabilidade de interpretar temas marcantes de Artur Nunes, Urbano de Castro, David Zé e Teta Lando, que marcaram uma era. Depois de ter feito a estreia com o álbum “Deus Vive”, o artista, que se notabilizou a cantar sucessos do passado, é dos mais solicitados quando a proposta é recordar a chamada fase de ouro da música popular urbana angolana.
Considerado uma das principais referências da canção de intervenção, Santocas é o outro convidado. Ícone representativo do período efervescente da canção política, o artista promete interpretar êxitos como “Valódia”, “Massacres de Kifangondo”, “Bairro Indígena”e “Poder Popular”, que o tornaram num dos músicos marcantes da época.
O grupo Nguami Maka, que regressa assim ao palco da Casa de Cultura, tem sido um dos poucos dispostos a enveredar pelo mundo da música de raiz. Jorge Mulumba (hungu, puita, quissanje e voz), Francisco Fernando (ngoma solo), Paulo Roma (tambor baixo), João Manuel (dikanza) e Pascoal Caminha (mukindo) vão levar o público por numa viagem pelas canções mais marcantes da música de intervenção.