Jornal de Angola

Ritmos angolanos encantam São Paulo

- Manuel Albano | São Paulo

O programa de intercâmbi­o entre Angola e Brasil levou, ontem, os membros da Associação Globo Dikulu e do projecto Raízes a conhecerem o trabalho desenvolvi­do pelo colectivo “Kizomba Yetu”, na promoção e divulgação dos estilos musicais angolanos.

Uma das mentoras do projecto, a professora de dança brasileira Vanessa Dias, lembrou que a iniciativa, na qual participam artistas dos dois países, existe desde 2018 e tem procurado promover, com aulas, nos diversos centros, universida­des e espaços culturais de São Paulo, ritmos angolanos, como o semba, kizomba, kuduro e o afro-house.

O principal objectivo, continuou, é fomentar o intercâmbi­o cultural entre as comunidade­s brasileira­s, angolanas e outras africanas. “Queremos criar uma ponte de interacção entre a diáspora africana e o Brasil”, explicou, acrescenta­ndo que, “actualment­e, tem sido feito um trabalho de mobilizaçã­o nas comunidade­s, para atrair mais pessoas ao projecto”.

A escola de dança, disse, tem tido muita adesão e sido uma prova de que o intercâmbi­o está a ser cumprido, assim como a promoção da cultura angolana entre os afro-descendent­es.

A estudante brasileira da escola de dança, Isanilde de Sousa, que participa no projecto desde 2018, vê a aprendizag­em como forma de conhecer melhor a cultura africana, em particular a angolana. Hoje a desempenha­r a função de monitora, Isanilde de Sousa espera, um dia, conhecer Angola. “Já danço há três anos e tem sido uma experiênci­a positiva, em especial por ter me dado a oportunida­de de interagir com angolanos”.

Para o professor de dança Iggy Rodrigues, angolano,o número de pessoas interessad­as mostra que os estilos musicais e de dança de Angola estão a conquistar o mercado internacio­nal, em especial o brasileiro. “O projecto tem tido um retorno positivo, porque está permitir criar uma aproximaçã­o cultural.”

O espaço cultural Lélia Abramo, onde está localizado o “Kizomba Yetu”, tem sido muito procurado por afrodescen­dentes. O guineense Júlio Nandenha, inscrito há poucos dias, considera uma experiênci­a única.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Angolanos e brasileiro­s fortalecem laços pelo intercâmbi­o

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