PNUD lança projecto de gestão de calamidades
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou, ontem, no Namibe, o projecto de fortalecimento das estruturas e capacidades institucionais de gestão de risco e de desastres para apoio a pessoas afectadas pela seca, no município de Moçâmedes.
O projecto, segundo a Angop, contribuirá para o reforço institucional e gestão de risco de desastres e recuperação e fortalecimento de resiliências da seca de 2018 a 2022.
De acordo com o chefe das operações do PNUD, Keita Su Jimoto, que falava no acto de lançamento do projecto, nas três províncias afectadas pela seca (Namibe, Huíla e Cunene), aquela instituição vai disponibilizar três milhões de euros para ajudar as comunidades a fortalecer as capacidades técnicas, visando dar resposta a riscos e desastres.
“Estão a ser feitos esforços para evitar futuros impactos humanos e perdas económicas atribuídas a desastres”, referiu.
A vice-governadora para a área Política, Económica e Social do Namibe, Rebeca Cangombe, disse que o objectivo é reduzir a fome, a pobreza e a vulnerabilidade alimentar e nutricional no seio das famílias.
Acrescentou que o fortalecimento sustentável no domínio da agricultura familiar nas províncias do Sul ajudará a minimizar os problemas relacionados com as alterações climáticas. O programa destina-se, ainda, ao reforço sustentável, promoção e melhoria da nutrição e desenvolvimento de capacidade das instituições, especialmente, nos domínios da agricultura, ambiente e protecção civil.
O PNUD vai potenciar a Protecção Civil, munindo-a com equipamentos, formação, capacidade institucional na área de gestão de riscos e desastres nas províncias afectadas pela seca, em parceria com a Comissão Nacional de Protecção Civil.
“Esperamos que a Protecção Civil aproveite, ao máximo, esta oportunidade para melhorar os mecanismos de actuação, pensando sempre na manutenção dos meios para servir as futuras gerações”, acrescentou.
O segundo comandante Nacional para a Protecção Civil, José Horácio da Silva, disse que o projecto vai promover e estabelecer o fortalecimento dos mecanismos institucionais dos desastres nos diferentes níveis e implementar um sistema de riscos de desastres nas províncias no Namibe, Huíla e Cunene.
“A comissão Nacional de Protecção Civil tem adoptado medidas preventivas para mitigar os efeitos dos desastres, tendo assinado um acordo com o PNUD com o objectivo de fortalecer as estruturas para criar as capacidades locais, desenvolver as acções de redução de riscos e desastres, autonomizando as administrações locais, bem como trabalhar na identificação de soluções mais eficazes para reduzir riscos e criar as condições com as respostas locais”, sublinhou.
Estas acções do projecto estão em consonância com a política e estratégias do Plano Nacional de Desenvolvimento para o período de 2018/2022.
No Namibe, mais de 150 mil famílias e 800 mil animais de pasto foram afectadas pela seca.