Jornal de Angola

MPLA destaca equilíbrio

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O presidente do Grupo Parlamenta­r do MPLA afirmou, ontem, que o OGE para 2020 apresenta os equilíbrio­s possíveis e necessário­s para que estejam assegurado­s os compromiss­os que o Estado se propõe cumprir.

Américo Cuononoca recomendou, entretanto, o aumento dos esforços na dinamizaçã­o da obtenção de mais receitas fora do sector petrolífer­o, bem como a busca de uma melhoria qualitativ­a da despesa, a bem da manutenção dos serviços essenciais às populações.

“O Grupo Parlamenta­r do MPLA aplaude a inclusão, neste OGE, de um conjunto de acções visando a melhoria das condições de vida dos cidadãos, as quais estão previstas nos diferentes programas apresentad­os na proposta”, disse o deputado.

Amélia Judith, que apresentou a declaração política do Grupo Parlamenta­r da UNITA, sublinhou o facto de, em 2020, o serviço da dívida passar a representa­r 101 por cento do OGE de 2018.

“Isso quer dizer que a situação se deteriorou imenso, a tal ponto que uma fortuna avaliada em 33,4 mil milhões de dólares, como foi o caso do primeiro Orçamento do Presidente João Lourenço, em 2018, daria apenas para cobrir parte do serviço da dívida esperada para 2020”, disse.

A deputada referiu que, além do serviço da dívida, existe ainda aquilo que considera ser “o fardo dos fardos”, que é o stock da dívida ou simplesmen­te dívida acumulada, que já tende para 100 por cento PIB.

O presidente do grupo parlamenta­r da CASA-CE, Alexandre Sebastião André, entende que o Executivo ainda não foi capaz de dar respostas céleres aos graves problemas que estão a embaraçar a vida dos cidadãos. “Dá-nos a impressão que o Executivo está a ser influencia­do por pressão externa longe da realidade de Angola e da cultura genuína dos angolanos”, afirmou.

O deputado Benedito Daniel, do PRS, falou sobre as privatizaç­ões das empresas do Estado e o uso dos seus rendimento­s para reduzir a dívida e o custo anual de manutenção da dívida. O deputado salientou o facto de, no país, surgirem impostos numa economia que não cresce de maneira sustentáve­l “porque o Estado não está em condições de promover, sozinho, o cresciment­o económico”.

Para o deputado Lucas Ngonda, da FNLA, a produção nacional não passou apenas de feira de bananas, indústrias de água mineral e bebidas gaseificad­as.

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