Via Xinje/Cacolo reaberta depois de dois dias encerrada
Chuvas provocaram o surgimento de uma ravina na região entre Xinje e Cacolo, pelo que as autoridades locais tiveram de realizar obras para travar a progressão da mesma na via que liga as duas localidades
O troço entre as localidades de Xinje e Cacolo, que liga as províncias das Lundas, que havia sido interrompido domingo, devido aos trabalhos de contenção de uma ravina, por uma equipa técnica da Sociedade Mineira de Catoca (SMC), foi reaberto ontem à circulação rodoviária.
Os trabalhos para travar a progressão da ravina, segundo o geólogo Teófilo Chifunga, que integra a equipa técnica, comportam a deposição de latrite no local, compactação e construção de uma estrutura de protecção à base de pneus usados sobre o escavado pelas águas das chuvas, que provocou a referida ravina com uma profundidade de 25 metros de comprimento e 12 de largura.
“A ravina surgiu porque o tubo de escoamento de águas residuais no local foi destruído pelas enxurradas que assolam a região, facto que causou inundação, desmoronamento da tubagem e arrasto do solo, que deu lugar à ravina que paralisou a circulação rodoviária na via”, disse Teófilo Chifunga.
O técnico da SMC alertou, no entanto, para o perigo que pode causar uma outra ravina que está em progressão no mesmo troço, na célebre zona do “Pingo de Água”.
Na óptica de Teófilo Chifunga, as empresas diamantíferas que operam na região devem mobilizar meios para estancarem a ravina que está a nascer no “Pingo de Água”, “pois, se não forem tomadas medidas, a circulação rodoviária no troço poderá voltar a ser interrompida.”