Ernesto Lara Filho revivido em “Maka”
O contributo do escritor e jornalista Ernesto Lara Filho à sociedade angolana é lembrado hoje, às 17h00, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda, numa homenagem a título póstumo, durante a habitual “Maka à Quarta-Feira”.
Para falar da vida e obra do homenageado, a UEA convidou Arlindo Leitão, um dos amigos e contemporâneos do autor de “Picada de Marimbondo”. O filho da escritora Alda Lara, irmã do homenageado Pedro de Alburquerque, sobrinho do malogrado, e a docente universitária Domingas Monte vão ler alguns poemas de Ernesto Lara Filho.
O responsável das actividades culturais da UEA, Pombal Maria, informou, ontem, ao Jornal de Angola, que a homenagem visa saudar o octogésimo sétimo aniversário natalício de Ernesto Lara Filho, celebrado a 2 de Novembro.
A UEA, explicou, pretende, ainda, com a realização da “Maka” continuar a consagrar os autores e alguns dos clássicos da literatura angolana, pelo contributo dado ao desenvolvimento da arte e da cultura angolanas.
“Desde que a união criou a política de honrar as grandes figuras da literatura angolana, já foram homenageados muitos nomes das letras, cujo legado tem estado a ser pouco transmitido às novas gerações, como Agostinho
Neto, Óscar Ribas, Mário Pinto de Andrade e António Jacinto”, disse.
Ernesto Pires Barreto de Lara Filho nasceu em Benguela, a 2 de Novembro de 1932, e morreu no Huambo, no dia 7 de Fevereiro de 1977, vítima de acidente de viação, aos 45 anos de idade. Em vida foi jornalista, poeta e regente agrícola. Na década de 1950 e 60, durante o regime colonial em Angola, publicou várias crónicas e reportagens, sendo um dos nomes de referência do jornalismo da época. Entre os livros publicados, o destaque vai para “Picada de Marimbondo” (1961), “O Canto do Matrindinde” (1963) e “Seripipi na Gaiola”, em 1970.