Árbitros congelam final do Nacional
Uma inesperada reivindicação dos árbitros obrigou à anulação da jornada de ontem em que o 1º de Agosto e a Marinha de Guerra deviam decidir, em jogo único, o terceiro lugar do Campeonato Nacional sénior masculino de hóquei em patins. A seguir, jogar-se-ia a primeira partida da final em “play off”, a melhor de três jogos, entre Petro de Luanda e Académica de Luanda.
Da voz de Nascimento Júnior, do Conselho de Arbitragem da Federação Angolana de Patinagem (FAP), veio a confirmação de que “pára tudo” se não for paga a dívida de cerca de 1,5 milhões de kwanzas referente à primeira e segunda fase da prova.
“Os árbitros pedem o pagamento dos valores referentes ao Campeonato Nacional antes do fim da prova e se não for resolvida a situação não se apresentam aos jogos”, revelou.
Pedro Azevedo “Chipita” da FAP considera a atitude dos árbitros “precipitada”, na medida em que a federação nunca falhou aos compromissos.
Chipita confirmou a dívida e revelou ainda que tal se deve à insuficiência de verbas, na medida em que os patrocinadores da prova ainda não cumpriram o acordado.
Cada uma das nove equipas inscritas pagou uma taxa de participação de cerca de 100 mil kwanzas, valor considerado insuficiente pelo dirigente para cobrir as despesas com o aluguer do campo e os custos com a arbitragem.
Por cada jogo a federação paga 25 mil kwanzas aos árbitros e 44 mil pelo recinto. Para este campeonato estão inscritos dez árbitros, dois dos quais da província de Benguela.
Pedro Azevedo garantiu que hoje vai se disputar a partida referente ao terceiro lugar, com recurso a um árbitro que se mostrou disponível, pois os regulamentos permitem, enquanto se negoceia com o Conselho de Arbitragem para viabilizar os jogos da final a partir de sexta-feira.