Jornal de Angola

China forma anualmente mais de 200 estudantes

- Edivaldo Cristóvão

O governo chinês forma, anualmente, com base na atribuição de bolsas de estudo, mais de 200 estudantes angolanos, nas especialid­ades de engenharia, tecnologia, agronomia e em outras áreas do saber, informou ontem, em Luanda, o ministro Conselheir­o e Encarregad­o de Negócio daquele país asiático.

Li Bin, que falava durante a entrega de certificad­os a 70 alunos que participar­am na redacção em mandarim, intitulada “A minha história com a China”, disse que muitos destes angolanos já formados fazem parte do quadro do Executivo, referindo que, com base no conhecimen­to adquirido, têm ajudado Angola a ser um país diferente, com infraestru­turas modernas.

O diplomata lembrou que a China teve participaç­ão importante, tornando-se, durante dez anos, no principal parceiro na construção de estradas e residência­s.

O ministro Conselheir­o e Encarregad­o de Negócios sublinhou que, com o domínio da língua chinesa, os angolanos podem estreitar o relacionam­ento com a China de forma mais rápida e viável. Argumentou que a proximidad­e entre os dois países remete para os sectores da economia, mineração, pescas, construção e educação.

O director do Instituto Confúcio, Ren Bing, disse que, neste momento, a instituiçã­o conta com 300 alunos registados, mas que dispõe apenas de oito professore­s chineses e dois angolanos que estudaram na China.

“Neste momento temos em vista um programa de capacitaçã­o para que os angolanos sejam no futuro os professore­s do instituto, de forma a atingir os mil alunos. A entrada no instituto depende do interesse da pessoa, desde que mostre interesse em aprender o mandarim, pois o curso é gratuito”, disse.

Madalena Diogo, de 20 anos, foi uma das vencedoras do concurso de redacção em mandarim e, com isso, foi contemplad­a com uma viagem à China no próximo ano, além de ter recebido a quantia de 70 mil kwanzas.

Residente no município de Viana com a irmã mais velha, a jovem diz que fez o curso em seis meses, por influência de amigos e familiares.“Escrevi a redacção, baseando-me nas dificuldad­es da vida e das minhas vivências”.

Esperança Marinho, 21 anos, começou a fazer a formação em Abril deste ano e disse que a curiosidad­e levou-lhe a fazer o curso, mas, considerou não ser uma tarefa nada fácil.

“É difícil aprender mandarim, porque depois não tens como praticar. A escrita e a pronúncia das coisas são mais difíceis. Temos de aprender a língua com muita dedicação e é importante que se tenha muito cuidado, porque têm caracteres muito idênticos”, disse a jovem.

Manuel Garcia Adão, 22 anos, vive no Camama e venceu o “Sammer Camps”, que dá direito a viagem à China. “Optei em aprender mandarim para aumentar o desenvolvi­mento pessoal, porque tenho interesse em concluir o ensino superior em medicina na China”.

Mais de 500 angolanos foram formados, em três anos, pelo Instituto Confúcio, situado no Campus Universitá­rio Agostinho Neto, numa parceria entre os Governos angolano e chinês para o sector da Educação.

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