Semana sul-africana abre hoje
Uma semana cultural sulafricana, denominada “25 Anos de Democracia”, realiza-se, em Luanda, de hoje até 7 de Dezembro, para comemorar os 25 anos do Dia da Liberdade da África do Sul.
A semana, que visa honrar a contribuição de Angola na luta para o fim do regime do apartheid, pretende mostrar a arte, talento e força da cultura dos dois países na promoção dos esforços de integração socio-cultural e apoio à expansão do comércio de bens culturais e serviços.
Músicos como Thandiwa Mazwai e Busiswa, da África do Sul, Totó, Toti Samed e Anabela Aya, de Angola, vão actuar no segmento da música com a evocação de “Mama África”, de Miriam Makeba, e “Libertation Struggle”, de Yvonne Chaka Chaka, temas que mobilizaram a humanidade para a luta contra o regime de segregação racial na “nação do arco-íris.”
Um total de cinco plataformas diferentes vão ser montadas para a realização de espectáculos de dança, música, seminários e aulas de dança, colóquios, exposições de artes plásticas, moda e design, pintura mural, teatro e poesia.
Os tocadores da marimba angolana também estarão em palco para mostrar a força da cultura tradicional.
Durante a “semana da liberdade”, pintores angolanos e sul-africanos vão desenvolver, em conjunto, pintura mural, na Avenida 21 de Janeiro, no Rocha Pinto, que retrata os 25 anos da democracia e da liberdade na África do Sul.
A organização pretende contribuir para a implementação da Carta da União Africana para o renascimento do continente com base na Agenda 2063 que apela à emancipação total de África, o desenvolvimento e a união na diversidade cultural através das indústrias criativas.
Património da Liberdade
A “Semana da Liberdade”, além de juntar académicos angolanos e sul-africanos em colóquios sobre a contribuição de Angola na luta para o fim do regime do apartheid, vai apresentar a resistência, a herança da liberdade e os avanços que o continente regista na emancipação.
Está, igualmente, prevista a assinatura de memorandos e acordos de cooperação entre a Fundação Agostinho Neto, o Memorial António Agostinho Neto e o Museu da Batalha do Cuito Cuanavale com a Freedom Park Heritage (FPH) da África do Sul, para a troca de informações, acervos, formação e uma provável colocação do busto do primeiro Presidente de Angola no FPH, de Pretória.