Jornal de Angola

Grandes clubes garantem passe para os oitavos da “Champion”

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PSG, Real Madrid, Bayern de Munique, Tottenham e Juventus garantiram, terça-feira, presença nos oitavos-definal da Liga dos Campeões da UEFA, após a disputa da quinta jornada da fase de grupos da competição.

Os franceses do PSG e os espanhóis do Real assegurara­m a qualificaç­ão, depois do empate a dois golos em casa dos madrilenos. A formação parisiense soma treze pontos na liderança do Grupo A, seguida pelos espanhóis com oito. Brugge e Galatasara­y também empataram, mas a um, com três e dois pontos, estão fora da corrida para a fase seguinte.

No grupo B, Bayern de Munique e Tottenham seguem em frente na competição. Os bávaros, que golearam o Estrela Vermelha, por contundent­es 60, fizeram até aqui o pleno e têm um pecúlio de 15 pontos, seguido pelo Tottenham, agora orientado pelo portugês José Mourinho, que recebeu e venceu o Olympiacos, por 4-2, para somar dez pontos e “carimbar” o passaporte para os oitavos-de-final, de onde estão arredados sérvios e turcos, com três e um ponto, respectiva­mente.

Maior equilíbrio no Grupo C, onde apenas o Manchester City conseguiu a qualificaç­ão para a fase do "mata-mata", liderando a série com 11 pontos. Shakhtar e Dínamo, com seis e cinco, têm de esperar pela derradeira jornada para assegurare­m ou não a passagem para os oitavos-definal da competição milionária. Na terça-feira, o City e Shaktar repartiram os pontos, ao passo que o Atalanta bateu o Dínamo, por 2-0, deixando tudo em aberto. O Atalanta segura a lanterna vermelha com três.

O mesmo equilíbrio registase no Grupo D, onde a Juventus é a única com a qualificaç­ão já garantida, depois da vitória (1-0) sobre o Atlético Madrid, que ocupa a segunda posição com seis pontos, menos seis que a formação italiana.

Mas, o Lerverkurs­en, que ganhou por 2-0 na deslocação ao reduto do Lokomotiv, soma seis pontos e pretende ocupar a segunda vaga da série. A equipa da Rússia, com três pontos, já não tem hipóteses de chegar aos oitavos-de-final.

Ontem, o encerramen­to da quinta jornada forneceu os seguintes resultados:Liverpool-Napoli (1-1), ValênciaCh­elsea(2-2), Genk-Salsburg (1-4), Lille-Ajax (1-1), Slavia de Praga-Inter(1-3), Barcelona-Borussia Dortmund (31), Leipzig-Benfica(2-2) e Zenit-Lyon (2-0). O Barcelona com o triunfo garantiu a presença nos oitavosde-final, ao passo que o Zenit, adversário do Benfica, está igualmente nesta fase da competição.

Honorato Silva |*

alta entidade da Federação Internacio­nal de Futebol Associado (FIFA), o advogado italo-suíço Gianni Infantino, desembarca hoje às 13h25 em Luanda, para uma visita de dois dias a Angola, na qual será informado do grau de execução dos programas de desenvolvi­mento da modalidade no país, nomeadamen­te a formação, em ambos os sexos.

A inclusão de Angola no roteiro do périplo africano da comitiva do líder máximo da gestão do “desporto rei” é um sinal de confiança no país, numa fase em que a instituiçã­o faz uma aposta clara no desenvolvi­mento da modalidade no continente, como fez questão de sublinhar ontem Infantino, na cidade de Maputo, à saída do encontro com os dirigentes desportivo­s moçambican­os.

“Hoje os africanos conhecem mais as ligas europeias que as africanas. Não é normal! Conhecem mais os jogadores europeus que os africanos. Não é normal! Temos de investir como FIFA. Os africanos investem mais no futebol europeu que no africano. Temos de mudar esta mentalidad­e. Temos de fazer brilhar África. Vamos trabalhar juntos, com a CAF e as federações. Fazer algumas propostas, para que o futebol africano seja um dos maiores no mundo. Não apenas com os jogadores que jogam na Europa, mas também o movimento futebolíst­ico

A mais

em África. Hoje temos uma nova FIFA. A transparên­cia e a boa gestão financeira são fundamenta­is”, disse aos jornalista­s.

A agenda da visita reservava, para as 17h00, um encontro com a ministra da Juventude Desportos, Ana Paula do Sacramento Neto, que acabou por ser cancelado. Em final de mandato, o elenco directivo da Federação Angolana, encabeçado por Artur Almeida e Silva, bate-se pela criação de um centro de treinos das selecções nacionais, no Campo de S. Paulo, no Distrito Urbano do Rangel.

Recado para África

A presença de Gianni Infantino na capital moçambican­a foi transforma­da num momento de comunhão, dominado por uma forte mensagem de esperança: “Estamos preocupado­s com o desenvolvi­mento do futebol, incluindo o feminino, porque vocês têm tudo em Moçambique. Têm talento, têm coração, têm paixão. Talento enorme, incrível e natural. O trabalho que temos de fazer é assegurar que os investimen­tos possam beneficiar e fazer brilhar esse talento no mundo”.

Determinad­o e convicto no discurso, o presidente da FIFA apontou a união como a chave do sucesso. “Podemos fazer brilhar o futebol de Moçambique, o futebol de África, como dizia o presidente da(CAF) Ahmad Ahmad, também no mundo inteiro. Necessitam­os do trabalho de todos. O futebol é muito mais que um desporto. São valores, integridad­e, lealdade, transparên­cia. Jogar e ganhar em equipa. Também perder, para levantar-se e ganhar outra vez. Temos de nos projectar para o futuro”.

Ao olhar para o passado, Infantino afirmou que não seria presidente, sem os escândalos de corrupção registados na instituiçã­o, que lamentou. “Mas não queremos regressar a este tempo. Queremos olhar para frente, investir no futebol do futuro. A FIFA hoje, graças a esses investimen­tos, está muito mais sólida e mais forte que nunca. Investimos cinco vezes mais do que se investia anteriorme­nte. Investimos em infra-estruturas, em competiçõe­s. Investimos em Moçambique e em toda a África. Vamos trabalhar juntos!”

Na primeira pessoa, sublinhou que como presidente da FIFA crê muito no continente. “Talvez mais que os africanos, porque estou, nos últimos anos, a viver uma realidade, a de África, onde o futebol é incrível. Todos jogam. São todos apaixonado­s. Há um talento natural incrível. Como é possível não podermos transforma­r esse talento em resultados concretos? É possível. Não trabalhámo­s bem no passado. A culpa é dos dirigentes. Agora trabalhamo­s. Investimos. Estou a viajar nesses dias por África, para passar essa mensagem importante. Temos de crer em África. Investir em África”.

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