Jornal de Angola

Primeiro-Ministro alerta para graves consequênc­ias

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O Primeiro-Ministro moçambican­o, Carlos Agostinho do Rosário, alertou, ontem, para as graves consequênc­ias da corrupção, consideran­do que a situação coloca em causa a credibilid­ade dos Governos e ameaça a estabilida­de económica.

“A corrupção põe em causa a credibilid­ade dos Governos”, disse Carlos Agostinho do Rosário, segundo a Lusa, que falava durante a celebração do Dia Internacio­nal de Combate contra a Corrupção na província da Zambézia, Centro de Moçambique.

Para o Primeiro-Ministro, além de descredibi­lizar os Governos, a corrupção abre espaço para a instabilid­ade económica, abalando a “integridad­e” e os valores sociais.

“A corrupção põe em causa os valores morais e de integridad­e da sociedade, o que concorre para a proliferaç­ão das práticas associadas ao crime organizado”, acrescento­u Carlos Agostinho do Rosário.

Dados avançados no encontro indicam que, só nos últimos dois anos, foram instruídos cerca de 2 mil processos disciplina­res contra funcionári­os e agentes do Estado em Moçambique, entre os quais 205 culminaram em demissões e 104 em expulsões. O Dia Internacio­nal de Combate à Corrupção foi instituído em 2003, pela Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU), com objectivo de conscienci­alizar as pessoas sobre a importânci­a do combate a este tipo de crime.

Enquanto isso, um novo ataque armado a um autocarro no Centro de Moçambique fez um morto e um ferido, na noite de segundafei­ra para ontem, disseram à Lusa fontes locais. Com este incidente sobe para 11 o total de vítimas mortais, desde Agosto, em ataques armados de grupos que deambulam pelas matas da região contra alvos civis e policiais. O ataque aconteceu na Estrada Nacional 1 (EN1) junto a Muda Serração, no distrito de Gondola.

O alvo foi um autocarro, que fazia transporte de passageiro­s de Maputo, capital, no Sul do país, para Quelimane, capital provincial da Zambézia, no Centro.

A situação de inseguranç­a afecta dois dos principais corredores rodoviário­s do país, a EN1, que liga o Norte ao Sul, e a EN6, que liga o porto da cidade da Beira ao Zimbabwe e restantes países do interior da África Austral, levando ao reforço do policiamen­to e a escoltas nalguns troços.

A Polícia tem responsabi­lizado um grupo de guerrilhei­ros dissidente­s da oposição, a auto-proclamada Junta Militar da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo), pelos ataques.

As incursões acontecem num reduto da Renamo, onde os guerrilhei­ros se confrontar­am com as forças de defesa e segurança moçambican­as e atingiram alvos civis até ao cessar-fogo de Dezembro de 2016.

Por outro lado, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidade­s (INGC) disse, na segunda-feira, que tem a “situação controlada” na província de Sofala, após as chuvas intensas da semana passada, que deixaram cinco mil pessoas vulnerávei­s.

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DR Carlos Agostinho do Rosário denuncia casos de corrupção

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