PP e Cidadãos recusam a investidura de Sánchez
O secretário-geral do PSOE (socialista), Pedro Sánchez, voltou ontem a receber a recusa do PP (direita) e do Cidadãos (direita liberal) ao seu pedido para que facilitem a investidura de um Governo de coligação com o Unidas Podemos (extrema-esquerda).
Depois do encontro que teve com Sánchez, o líder do PP (Partido Popular), Pablo Casado assegurou que “não pode abster-se perante um Governo socialista com os comunistas do Podemos (extrema-esquerda), o que seria letal para a Espanha e um suicídio para” o seu partido. Por seu lado, a líder provisória do Cidadãos, Inés Arrimadas, voltou a insistir no que é conhecido como a “via dos 221” deputados (PSOE, PP e Cidadãos), um pacto entre os partidos constitucionalistas espanhóis, que afaste os socialistas do acordo que estão a tentar negociar com o Unidas Podemos e os independentistas da ERC (Esquerda Republicana da Catalunha).
A líder parlamentar do PSOE, Adriana Lastra, destacou no final dos encontros que o candidato à investidura e líder do PSOE tinha pedido a Pablo Casado que o seu partido se abstivesse e, num outro encontro, a Inés Arrimadas um voto a favor desse Executivo, se estes não quisessem que o futuro Governo dependesse da ERC.
O Rei de Espanha, Felipe VI, convidou oficialmente na semana passada Pedro Sánchez para tentar formar um novo Governo, uma decisão esperada, visto que o líder socialista é o único candidato possível para suceder a si próprio. Pedro Sánchez aceitou a tarefa de tentar formar um novo Executivo apesar de ainda não ter assegurado os apoios parlamentares necessários.
O PSOE já tem desde meados de Novembro com o Unidas Podemos, a quarta maior força política, um pré-acordo de Governo, que aguarda agora o resultado das negociações que estão a ter para que a ERC se abstenha na votação de investidura e permita assim a formação do novo Executivo.