“Natal Especial” da orquestra Estrelas de África
A orquestra sinfónica Estrelas de África promove no próximo dia 22, às 10h00, uma actividade sócio-cultural e recreativa, denominada “Natal Especial”, dedicada a crianças surdas e mudas da Escola Especial do Distrito do Rangel, inserido no projecto “O olhar holístico da arte” (PROHARTE).
Depois da apresentação em Novembro do projecto, o director executivo da Academia de Arte -Orquestra Sinfónica Estrelas de África, Edgard Seleka, explicou ontem ao Jornal de Angola que a intenção é apoiar a inclusão social das pessoas com deficiências enquadradas no plano de ensino e educação das artes.
Edgard Seleka ressaltou que o projecto tem como estratégias a criação de actividades voluntárias no processo de formação das artes aos alunos especiais com dificuldades auditivas, intelectuais e autistas. “Queremos mostrar a importância da inclusão social de pessoas com características especiais no plano do ensino das artes”.
A Orquestra nas suas actividades, referiu, tem promovido canções lendárias angolanas na descoberta do seu valor artístico, desde a primeira edição do Festival Internacional de Música
Popular Clássica e Sinfónica, que se realizou em Agosto de 2017, em Luanda.
Há dois anos, disse, o projecto tem promovido vários debates e oficinas artísticas e técnicas sobre a importância da partitura musical, com vista a comemorar o sétimo aniversário, que se assinalou no dia 24 de Agosto. As dificuldades encontradas, principalmente pelas orquestras nacionais, apurou, estão na interpretação dos temas angolanos, por falta de uma partitura que facilite as bandas e orquestras tocarem as músicas.
Reiteradas vezes, Edgard Seleka tem defendido o uso de pautas musicais na composição dos temas, para dar maior autenticidade e originalidade aos textos e permitir que as músicas nacionais permaneçam no mercado vários anos e possam ser interpretadas internacionalmente. “As músicas feitas actualmente com recurso às pautas musicais podem ser regravadas e ouvidas por várias décadas se forem conservados os arranjos e a concepção do produtor musical. Devem ser antes de tudo analisadas, pensadas e bem elaboradas, no sentido de não ficarem apenas pela interpretação. As representações gráficas dos ritmos musicais precisam de ser exploradas e estudadas.”