Protecção dos refugiados é discutida em Genebra
Uma delegação angolana participa hoje e amanhã, em Genebra, Suíça, no Fórum Global sobre Refugiados (FGR), que vai discutir a implementação dos mecanismos de protecção e prevenção presentes nas Convenções de Apátrida de 1954 e 1961, recentemente ratificados por Angola.
Chefiada pelo secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio do Amaral, a delegação angolana tem na agenda questões ligadas aos compromissos e contribuições a favor dos refugiados, promoção da integração local dos cidadãos dos países afectados pela aplicação da Cláusula de Cessação do Estatuto de refugiados nomeadamente Serra Leoa, Libéria e Ruanda.
Consta ainda da agenda a apresentação da implementação da estratégia de protecção social para os refugiados e comunidades locais, com base no Projecto do Banco Mundial em consonância com o Pacto Global para os refugiados.
Angola acolheu, desde Maio de 2017, cerca de 35 mil cidadãos da República Democrática do Congo (RDC) fugidos do seu país devido à violência generalizada causada por tensões políticas e étnicas.
Durante a fase de repatriamento voluntário e espontâneo regressaram a República Democrática do Congo 14.724. Deste número, 3. 772 são homens, 7.974 crianças e 2.78 mulheres, dos 18.800 previstos. O repatriamento voluntário teve início a 19 de Agosto quando um grupo de refugiados decidiu unilateralmente regressar ao país de origem.
O total de cidadãos da RDC na altura acolhidos em Angola, na província da Lunda-Norte, em particular, atingiu os 35 mil. Destes, 23.684 foram acolhidos no campo de refugiados do Lóvua, enquanto os restantes 11.316 estavam distribuídos pelas comunidades da província.