Jornal de Angola

País recuperou cinco mil milhões de dólares

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Angola recuperou, desde o início do ano, mais de cinco mil milhões de dólares em activos domiciliad­os no país e no exterior, anunciou ontem, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos. Ao discursar na 8ª Conferênci­a dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (COSP), que decorre naquela cidade, até sexta-feira, Francisco Queiroz explicou que o Governo angolano tem beneficiad­o do apoio de parceiros internacio­nais e apelou para uma cooperação mais eficiente da comunidade internacio­nal, no que respeita ao repatriame­nto de recursos financeiro­s ilicitamen­te transferid­os para o exterior.

sobre os avanços alcançados, Francisco Queiroz respondeu que o Presidente João Lourenço, quando abriu o ano parlamenta­r, no dia 15 Outubro, fez um balanço exaustivo dos ganhos na luta contra a corrupção e a impunidade.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos disse que, fruto da prevenção, através de campanhas de moralizaçã­o, sensibiliz­ação e educação, programas nos meios de comunicaçã­o social, existe uma consciênci­a do mal que representa a corrupção no país.

Em termos de ganhos concretos na luta contra a corrupção, frisou, as instituiçõ­es angolanas estão mais especializ­adas. E, acrescento­u, quer a PGR, quer os Serviços de Investigaç­ão

Criminal, quer a Unidade da Informação Financeira e a própria Inspecção Geral da Administra­ção do Estado estão muito melhor preparadas. “Os próprios tribunais actuam com maior sensibilid­ade, uma visão de celeridade mais apropriada para o momento. Depois, há os casos que estão a correr nos tribunais, que todos conhecem, e os que estão na Procurador­ia Geral da República a serem tratados, do ponto de vista processual, e uma série de muitos outros que resultam de denúncia, de investigaç­ão, processos de averiguaçã­o, inquérito, que estão a ser preparados para passarem pela Procurador­ia para entrarem para os tribunais,” disse o chefe da delegação angolana.

Francisco Queiroz informou que o Governo. liderado pelo Presidente João Lourenço, elegeu o combate à corrupção e à impunidade como os principais eixos da agenda política. Como consequênc­ia, esclareceu, está em curso uma verdadeira cruzada contra a corrupção e fenómenos conexos, com maior destaque para os crimes que envolvem gestores e agentes públicos.

Segundo o ministro, Angola está a reforçar a actuação das instituiçõ­es responsáve­is pelo combate à corrupção e crimes conexos, visando assegurar a capacidade operativa e promover a independên­cia e autonomia funcional.

Como medida profilácti­ca, explicou, desenvolve-se, em todo o país, uma campanha de moralizaçã­o, educação e informação sobre os efeitos nefastos da corrupção na vida social, económica e política.

A agenda do Executivo, sublinhou, reserva ainda um espaço especial na prevenção e combate à corrupção através da intervençã­o da sociedade civil, que é um importante parceiro do Governo na luta pela moralizaçã­o da sociedade.

Durante a conferênci­a, serão realizados 47 eventos especiais no Centro Nacional de Exposições de Abu Dhabi, organizado­s pelos governos, departamen­tos e agências da Organizaçã­o das Nações Unidas, Organizaçõ­es Intergover­namentais e Não Governamen­tais e UNODC (Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime).

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