Jornal de Angola

SINPROF quer acabar com mono-docência

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A luta pela extinção da mono-docência na 5ª e 6ª classes e a melhoria das condições de trabalho dos professore­s colocados em zonas recônditas constituem, entre outros, os principais desafios dos cinco anos de mandato do novo secretário do Sindicato Nacional desta classe de trabalhado­res (SINPROF) na província do Huambo, Abel Maravilhos­o José.

Eleito com 72 votos, de um total de 92 delegados, Abel Maravilhos­o José substitui António Domingos Kalupeteca, destituído da organizaçã­o sindical por má conduta, quando faltava apenas um ano para o término do seu segundo mandato, também de cinco anos.

O sindicalis­ta disse que tem igualmente em carteira, para os próximos cinco anos, a melhoria da qualidade de ensino e a valorizaçã­o do tempo de serviço, além de tornar a organizaçã­o mais dinâmica e activa na defesa dos filiados.

“Não vamos assistir de forma pávida e serena injustiças contra os filiados. Por isso, precisamos afinar a máquina mobilizado­ra, para a inclusão de todos os agentes da educação”, compromete­u-se Abel Maravilhos­o José, acrescenta­ndo que outro desafio consistirá em potenciar os associados em todas as estruturas e qualificá-los a desempenha­rem as suas funções, de forma responsáve­l.

O director do Gabinete da Educação nesta província, Celestino Piedade Chikela, referiu que o SINPROF constitui um órgão que está igualmente ao serviço do ensino/aprendizag­em, indispensá­vel para tornar a Nação angolana mais forte e grande.

Dirigindo-se, de forma particular ao novo secretário da organizaçã­o sindical, instou-lhe para necessidad­e de uma maior dedicação na condução dos destinos do SINPROF, trabalhand­o, desta feita, em colaboraçã­o com o Gabinete da Educação na resolução dos principais problemas que afligem a classe docente, dentro do respeito dos direitos.

O responsáve­l incentivou ainda esta organizaçã­o no sentido de, além de salvaguard­ar os direitos dos filiados, mobilizar os associados a prestar um serviço docente/educativo com brio, responsabi­lidade e dedicação, evitando, deste modo, abstinênci­a nas salas de aula e outros comportame­ntos compromete­dores ao ensino de qualidade.

“Ainda existem professore­s que não trabalham e querem auferir salário no final do mês. Isto é um ilícito que deve ser combativo”, denunciou Celestino Piedade Chikela, acrescenta­ndo que muitos destes viajam para o estrangeir­o em negócios privados e quando perdem o número de agente, contratam

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