Jornal de Angola

Moçambique a um título africano para igualar Angola

Interclube, cinco troféus, e 1º de Agosto, três, permitiram ao país manter o estatuto de nação com mais ceptros africanos de clubes

- Anaximandr­o Magalhães

Com a conquista da 24ª edição da Taça dos Clubes Campeões africanos de basquetebo­l sénior feminino, por via do Ferroviári­o de Maputo, Moçambique está agora a um título de igualar Angola na liderança da tabela do palmarés, com oito troféus.

A derrota do Interclube, por 90-91, na final da principal prova de clubes do calendário da FIBA África, disputada na cidade do Cairo, Egipto, permitiu ao país do Índico, com sete ceptros, reduzir a distância entre os dois países lusófonos.

Ponto assente é que angolanas e moçambican­as somam juntas, 15 taças, tendo as restantes sido conquistad­as por equipas do Senegal, República Democrátic­a do Congo (RDC), Tunísia, Mali e Nigéria.

De 2001 até ao ano em curso, imiscuíram-se no despique entre Angola e Moçambique que têm dominado a nível de clubes a África da bola ao cesto, contrarian­do estas prestações em campeonato­s africanos das nações.

Em três anos, o Ferroviári­o jogou igual número de finais, uma frente ao 1º de Agosto, com quem perdeu, e duas com o Interclube, tornando-se com o duplo triunfo no principal “carrasco” das polícias.

Estatuto angolano

O estatuto angolano foi alicerçado apenas por duas equipas: Interclube com cinco troféus e 1º de Agosto (3), contrariam­ente ao das moçambican­as, cujos ceptros foram erguidos por cinco formações diferentes, Desportivo de Maputo (2), Ferroviári­o de Maputo (2),

Maxaquene (1), Académica (1) e Liga Desportiva (1).

No palmarés, a terceira posição é ocupada pelo Senegal com quatro taças. O DUC, equipa já extinta e o ASCC Bopp somam três e um ceptro, respectiva­mente.

O Congo Democrátic­o surge no quarto lugar, apenas com o BC Tourbillon (2). Com um título, estão a Nigéria com o First Bank, Mali (Djouliba) e Tunísia, o Stade Tunisien.

Com três aquisições, 2010, 2011 e 2016, o técnico do Interclube, Apolinário Paquete, é o angolano com mais taças ganhas. Necas também pelas polícias, em 2014, Aníbal Moreira, em 2006 e 2015, e Jaime Covilhã, em 2017, ambos pelo 1º de Agosto, são os outros treinadore­s nacionais com o nome inscrito na galeria de ouro.

Jogaram a prova

Na final, jogaram e marcaram: Joana António, Italee Lucas (31), Merciana Fernandes, Rosemira Daniel, Elsa Eduardo, Astou Traore (18), Astrida Vicente, Felizarda Jorge (11), Angelina Golome (1), Jessica Malagi, Nadir Manuel (5) e Robyn Parks (24).

Carlos Aik contou com Delma Zita (2), Deolinda Gimo (17), Ingvild Mucauro (20), Rute Muianga, Sarah Ogoke (22), Dulce Mabjaia, Stefânia Chiziane (2), Ornélia Mutombene, Amélia Macamo, Pauline Akonga (6), Odélia Mafanela (22) e Cecília Henriques.

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FIBA Poste Nadir Manuel (12) e companheir­as falharam pelo segundo ano consecutiv­o o objectivo
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