Jornal de Angola

Escritor aborda em palestra a instituiçã­o literária no país

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O crítico literário e tradutor Hélder Simbad aborda, hoje, às 18h00, durante uma palestra, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, a questão da tradução literária em Angola e a posição no contexto literário universal.

Durante a palestra subordinad­a ao tema “Tradução como reconhecim­ento de uma instituiçã­o literária”, o também escritor pretende apresentar o seu ponto de vista sobre tradução literária, baseada em pesquisas efectuadas, nas quais concluiu que escritores e algumas instituiçõ­es ligadas à produção literária recorrem frequentem­ente a agências de tradução ou a pessoas singulares de outros países.

Citado por um comunicado de imprensa do Camões, Hélder Simbad refere que parte da literatura angolana traduzida circula em diferentes países, chegando ao país sem ser analisada numa perspectiv­a crítica.

“As traduções de obras de autores nacionais demonstram algum reconhecim­ento internacio­nal, mas a verdade é que Angola ainda não atingiu os níveis de muitos países africanos e o número de menções e nomeações em prémios literários internacio­nais fora do espaço lusófono pode servir de barómetro, para medir o impacto das obras dos escritores angolanos lá fora”, disse o escritor.

Sobre a mesma temática, Hélder Simbad está prestes a lançar o livro “Tradução Literária: Análise Contrastiv­a das Traduções de Coração Telúrico de Lopito Feijóo (inglês/francês)”. Trata-se de uma obra científico­didáctica que discute o fenómeno da tradução literária do ponto de vista teórico e prático, isto é, da teoria à crítica da tradução.

Hélder Silvestre Simba André, cujo pseudónimo literário é Hélder Simbad, nasceu em 1987, na província de Cabinda. Licenciou-se em Línguas e Administra­ção na Universida­de Católica de Angola. É docente de Literatura no Instituto de Ciências Religiosas de Angola e crítico literário. Em 2017, publicou a obra de poesia “Enviesada Rosa”, que venceu o Prémio Literário António Jacinto, edição 2017.

Em 2018, publicou, em Lisboa, a obra de poesia “Insurreiçã­o dos Signos”.

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