Jornal de Angola

Angola introduz em 2020 código de barras nacional

- Pereira Dinis Ana Paulo

Um código de barras para a identifica­ção da produção nacional é introduzid­o no primeiro trimestre de 2020, anunciou, ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Economia.

A empresa chinesa Oriental de Huaqiang está interessad­a em participar na dinamizaçã­o de uma indústria de produtos electrónic­os e de electrodom­ésticos em Angola.

O projecto da Oriental de Huaquiang foi divulgado por Lu Jin Lian, proprietár­ia do centro comercial Cidade Electrónic­a Dong Fang Huaqiang, quando discursava, ontem, em Luanda, na abertura da 1ª Feira Chinesa de Produtos Digitais e Electrónic­os em Angola, que vai decorrer durante um mês.

A Oriental de Huaqiang está presente na indústria electrónic­a há dez anos e opera em Angola desde 2018, desenvolve­ndo um projecto de construção de um centro comercial digital.

De acordo com Lu Jin Lian, o objectivo da empresa é ter um maior investimen­to comercial de produtos electrónic­os e de electrodom­ésticos em Angola.

“Estou certo de que vamos fazer uma ponte entre Angola e China para dinamizar e desenvolve­r a indústria de electrónic­os e electrodom­ésticos”, acentuou Lu Jin Lian abertura da feira que no maior centro comercial chinês em Angola, em funcioname­nto no Pólo Industrial de Viana.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administra­ção da Cidade da China, Jack Huang, declarou que, na indústria electrónic­a, Angola e a China vão sair a ganhar, tanto na formação de quadros quanto na oferta de empregos, sobretudo para jovens.

A declaração de Jack Huang foi reforçada pelo administra­dor municipal adjunto de Viana para a área Financeira, Rui Santos, que aplaudiu a iniciativa da empresa organizado­ra da feira, a qual, disse, “vem dignificar o município de Viana, com um grande pólo industrial que ainda não é bem explorado”.

A feira regista a presença de mais de 60 expositore­s, entre chineses e angolanos. Alguns dos expositore­s chineses vieram a Angola apenas com o propósito de participar na feira, enquanto outros residem no país há já algum tempo e representa­m diversas marcas de produtos digitais e electrónic­os.

Os produtos expostos estão à venda na feira, em cujo espaço podem ser encontrado­s telemóveis, câmaras de vídeo-vigilância e electrodom­ésticos como televisore­s, ferros de engomar e aparelhos de ar-condiciona­do.

Um código de barras para a identifica­ção da produção nacional é introduzid­o no primeiro trimestre de 2020, no quadro das acções do Executivo no domínio da dinamizaçã­o do sector do Comércio Externo, declarou ontem, em Luanda, o secretário de Estado para a Economia.

Sérgio Santos, que falava na 3ª Assembleia-Geral Ordinária da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), que culminou com a eleição dos seus novos órgãos sociais, considerou que a introdução desse instrument­o vai resolver, em grande medida, os problemas com que a comunidade empresaria­l se depara.

A introdução do código de barras, de acordo com Sérgio Santos, deve ocorrer sob a liderança da CCIA, na qualidade de instituiçã­o com legitimida­de para tratar da matéria, pelo que lançou aos novos corpos gerentes da associação o desafio de se empenharem na materializ­ação do projecto.

Lembrou que, a nível do mundo, o código de barras é criado pelo Global Standard Adwane, que representa uma associação e organizaçã­o sem fins lucrativos. “Daí a necessidad­e dos passos serem dados por uma associação empresaria­l do país”, esclareceu.

“A posição histórica da Câmara no domínio patronal e sindical dos empregador­es configura assumir um papel na promoção de negócios e, com outras associaçõe­s, trazerem investimen­to estrangeir­o através de parcerias”, declarou Sérgio Santos ao descrever as expectativ­as do Executivo em relação à CCIA.

Por seu lado, o secretário de Estado do Comércio, Amadeu Leitão Nunes, frisou que “as câmaras de comércio são as principais impulsiona­doras da economia nacional, como parceiro do Governo, como também têm a responsabi­lidade de dinamizar a reflexão sobre questões da evolução económica e social do país”.

Eleição de novos membros

O presidente do Conselho de

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M.MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado para a Economia a assembleia da CCIA

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