Luanda ainda tem défice de 200 escolas e 700 mil alunos fora do sistema de ensino
A capital do país ainda tem um défice de 200 escolas e regista mais de 700 mil alunos fora do sistema de ensino. A revelação foi feita ontem pelo governador provincial de Luanda, Sérgio Rescova,duranteainauguração, pelo Presidente da República, da Escola Primária 5145, na Centralidade do Zango 5.
“Até ao início do próximo ano lectivo contamos abrir onze novos estabelecimentos de ensino na província com capacidade para atender mais de 13 mil alunos”, explicou o governador, que também lamentou a “escassez de salas de aula” e o “aumento da população estudantil”.
“Mesmo aqui no Zango temos conhecimento de uma sala com apenas um professor e mais de 60 alunos”, frisou Sérgio Rescova. “Há muito trabalho e não devemos cruzar os braços. Mais do que falar, em Luanda deve se trabalhar mesmo”, disse o governador.
Durante a inauguração da centralidade, foi explicado que o novo bairro já tem construídas quatro escolas primárias, uma escola secundária, um instituto politécnico industrial e outro de formação de técnicos de saúde, o que perfaz um total de 132 salas de aula só no Zango 5.
O governador de Luanda também se referiu à implementação de um novo modelo de escola pública. O projecto, baptizado “Escola de Confiança”, pretende tornar os estabelecimentos atractivos a vários níveis, no sentido de garantir conforto e bem-estar a alunos, professores e auxiliares.
Toda a informação foi partilhada com João Lourenço, Ana Dias Lourenço e restante equipa ministerial que acompanhou a inauguração da Centralidade do Zango 5. O Presidente da República aproveitou a ocasião para visitar algumas salas de aula e infra-estruturas de apoio onde, apesar do ano lectivo de 2019 já estar encerrado, pôde interagir com algumas crianças de sete e oito anos (1ª classe).
Numa das salas, João Lourenço escreveu uma mensagem no quadro escolar onde desejou “amor, paz, saúde, paciência e justiça” e deixou votos de bom Natal e próspero Ano Novo. “O futuro está na vossa geração”, escreveu.
Metade das habitações já estão vendidas. Alguns dos imóveis da nova centralidade já estão ocupados há cerca de um ano. Das 7964 unidades (todas de tipologia T3, entre vivendas, edifícios de dois e três pisos), 3756 já foram vendidas ou destinadas a trabalhadores de empresas públicas e antigos combatentes. As restantes vão começar a ser comercializadas na primeira quinzena de Janeiro.
Ao todo, a centralidade tem capacidade para 47.784 habitantes e disponibiliza 12 equipamentos sociais - estabelecimentos de ensino, centro de saúde com capacidade para 58 camas, jardim infantil, estação de tratamento de água, entre outros serviços.
O processo de comercialização dos imóveis está a cargo do Instituto Nacional da Habitação (INH) - responsável por 30 por cento dos imóveis, com os restantes 70 por cento sob responsabilidade do Fundo de Fomento Habitacional (FFH).
A mais nova centralidade de Luanda tem capacidade para 47.784 habitantes e já tem metade das quase oito mil casas comercializadas. As próximas vendas começam na primeira quinzena de Janeiro de 2020
Os lotes para espaços comerciais e outros serviços serão comercializados pela Empresa de Gestão de Terrenos Infra-estruturados (EGTI). A Centralidade do Zango 5 ainda necessita da instalação de serviços bancários, de comércio e de transportes públicos para que a nova circunscrição ganhe vida própria