VTB cede participação à sociedade britânica
O VTB África, um banco angolano detido por capitais maioritários russos, passa uma participação de 20 por cento a uma sociedade de direito das Ilhas Virgens britânicas Rostang, de acordo com um pedido de concentração de empresas divulgado ontem pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC).
A ARC anunciou ter recebido, a 10 de Dezembro, uma comunicação sobre o projecto envolvendo o banco comercial angolano e a empresa de serviços mercantis e assistência técnica, solicitando os interessados a apresentarem observações sobre a operação que considerarem relevantes.
Em Maio deste ano, o russo VTB Bank, que controla mais de metade da operação do banco angolano (50,10 por cento), declarou o projecto de venda da totalidade da participação, uma decisão da qual desistiu em Novembro, com base nos bons resultados obtidos pelo VTB África.
A decisão, comunicada pelo presidente do Conselho de Administração do VTB Bank, Andrey Kostin, previa a cedência, pelo accionista russo, de um estímulo ao “bom empenho da equipa de administradores”, que até ao final do ano deverá ser confirmada no lugar com cerca de 20 por cento de participação accionista.
Chefe de Departamento de Apoio ao Consumidor do Inadec ontem, ao apresentar o balanço
O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec) abriu, na Justiça, acções contra quatro das 30 empresas notificadas de Janeiro a Novembro pelos seus serviços, contandose três processos a correr trâmites na ProcuradoriaGeral da República (PGR) e um nos tribunais.
Isso mesmo foi anunciado pelo chefe de Departamento de Apoio ao Consumidor e Resolução de Conflitos do Inadec,
Wassamba Neto, numa conferência de imprensa realizada para apresentar um balanço das acções desenvolvidas pelo Inadec, ontem, em Luanda.
Wassamba Neto revelou que, devido à gravidade dos conflitos, o Instituto encaminhou para a PGR processos das empresas Jefran Construção Civil e Obras Públicas, supermercado Big One e a Clínica Vida (Cligeste).
O quarto dos processos entregue à Justiça é contra a Ocean Drive, uma empresa imobiliária com operações na capital do país, numa acção já em curso na Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda.
O chefe do Departamento de Apoio ao Consumidor e Resolução de Conflitos esclareceu que o caso da Jefran decorre de actos de incumprimento contratual em que foram lesados 372 consumidores, gerando prejuízos económicos de 1.142 milhões de kwanzas, enquanto a Cligest e o supermercado Big One enfrentam a Justiça, respectivamente,
Consumidores ressarcidos As empresas que mais casos resolveram foram Movicel,
ENDE , CSG- Automóveis, supermercado Alimenta Angola, Robert Hudson, Urbanização Boa Vida, Banco Sol, supermercado Candando, Ok Imobiliária, Restaurante Fininho, supermercado Kero e TV Cabo.
O INADEC notificou ainda a empresa CSG Automóveis, que devolveu um valor de mais de 40 milhões de kwanzas resultante da venda de automóveis com defeito de fábrica a mais de 25 consumidores, ao passo que a Clínica Medical Center restituiu a um consumidor 400 mil kwanzas por má prestação de serviço.
A companhia aérea Air France reembolsou 900 mil kwanzas a um passageiro que não utilizou bilhetes de passagem emitidos. A empresa Base Escolha devolveu 350 mil kwanzas a um consumidor por má qualidade dos serviços e incumprimento contratual, enquanto a lavandaria Ngola Mambo ressarciu um consumidor com quatro fatos no valor de 400 mil kwanzas, depois da mediação do Inadec.
A TAAG devolveu bagagem dada como desaparecida, a empresa Genea Angola entregou uma residência e o condómino Vales do Talatona entregou duas residências a consumidores, indicou Wassamba Neto numa descrição dos conflitos mais marcantes.
Naquele período, o Inadec registou 1.824 reclamações (1.120 das quais ficaram resolvidas), além de 1.650 denúncias, 2.411 visitas de constatação, emitiu 1.332 notificações, 344 mandatos de multa, ordenou 24 suspensões temporárias das actividades e 30 apreensões, o que envolve mais de 500 toneladas de produtos.