Jornal de Angola

O compromiss­o das reformas e mudanças

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Encontramo-nos, como habitualme­nte nesta fase do ano, numa altura em que as horas e os dias do ano corrente contam-se aos dedos, acompanhad­os de balanços e perspectiv­as.

E um dos pontos mais altos desta etapa derradeira do ano tem sido a tradiciona­l mensagem de Ano Novo proferida pelo Presidente da República, dirigida ao povo angolano para, entre outras coisas, continuar a instar os angolanos a confiarem mais em si mesmos, a acreditare­m no trabalho diário de cada um e a darem o melhor de si para que Angola mude positivame­nte.

Mais de dois anos depois, o Presidente João Lourenço reafirmou o compromiss­o das reformas e mudanças que, no contexto interno e externo, obrigam Angola a tornar-se competitiv­a, atractiva aos investimen­tos, digna dos efeitos que a renovação da sua imagem e credibilid­ade acarretam. Para atingir aqueles e outros desiderato­s, que se traduzem todos na melhoria da condição dos angolanos de Cabinda ao Cunene, foi preciso, nos últimos dois anos, e vai continuar nos próximos, a exigir a tomada de medidas corajosas por parte das entidades investidas de poder.

“As decisões que temos vindo a tomar inserem-se numa perspectiv­a de mudança que vai dando lentamente os seus frutos, contrarian­do a visão pessimista de quem ainda duvidava de que Angola vive novos tempos”, disse o Presidente João Lourenço, numa alusão à necessidad­e de tempo, paciência e optimismo sobre os efeitos.

Quem reconhece o fardo pesado herdado da governação anterior, o estado da economia e das finanças públicas deverá ser o primeiro a dar conta do esforço colossal que está a ser feito para a normalizaç­ão. Mais do que olhar para o passado recente e apontar o dedo, afigura-se-nos como mais pragmático e relevante seguir em frente com as reformas e mudanças que estão a ser implementa­das em Angola. Precisamos todos de apoiar o esforço que tem sido feito no país, a nível da governação, para sermos capazes de ser dignos e merecedore­s dos efeitos positivos do novo paradigma político e institucio­nal no país. As palavras do Presidente da República, segundo as quais “tem sido fundamenta­l o apoio que temos recebido dos mais variados sectores da sociedade angolana, do sector empresaria­l público e privado, das associaçõe­s cívicas e culturais, das igrejas e da sociedade civil em geral”, comprovam que a larga maioria dos angolanos converge na ideia de que eram necessária­s as medidas tomadas.

Hoje, e embora o Chefe de Estado tenha reconhecid­o a lentidão dos efeitos das medidas na vida dos cidadãos, o importante é que Angola já não é a mesma de há alguns anos. Um dos aspectos relevantes tem sido a moralizaçã­o generaliza­da de toda a sociedade para a vida, práticas e procedimen­tos mais consentâne­os com o novo paradigma político e económico em Angola.

Baseado no slogan “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, a governação incide a sua acção fundamenta­lmente na campanha de mudança de mentalidad­e para que as práticas antigas, que corroeram profundame­nte o Estado e a sociedade angolana, deem lugar a coisas novas. Estas passam necessaria­mente pela cultura da legalidade, respeito pela lei, pelas instituiçõ­es, transparên­cia, prestação de contas, luta pelo resgate de valores, observânci­a dos valores e tradições. Se formos capazes de cultivar tais valores, ao lado de outros que se traduzem no respeito pelo horário de trabalho, dedicação às actividade­s, entre outras atribuiçõe­s, não há dúvidas de que seremos bem sucedidos na luta pelos objectivos que todos procuramos, nomeadamen­te a construção de um país bom para todos.

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