Jornal de Angola

Que o “Natal Solidário” se torne hábito

- Eduardo Magalhães |*

Entre os sentimento­s mais belos que o ser humano pode demonstrar está a solidaried­ade. Os gestos de partilha, de doação, de acolhiment­o, de compaixão aproximam o homem de algo impalpável que pode ser reverencia­do de várias maneiras. Uma caracterís­tica da solidaried­ade é que esta é mais forte, mais presente e mais salvadora quanto mais difícil é a situação das pessoas auxiliadas.

Ademais na época do Natal, quando as emoções ficam mais à flor da pele, quando os apelos à fraternida­de e ao amor ao próximo são mais repetidos e as melhores saudações são trocadas entre pessoas queridas, ficam mais expostas as necessidad­es, os infortúnio­s e os sentimento­s que essas perdas trazem.

Nesse contexto, o “Natal Solidário” que atravessa o mês de Dezembro, está a levar alegria e satisfação de algumas necessidad­es básicas à muita gente Angola afora. E a indicação do Executivo espraia a promoção a cada canto do país.

É notável perceber que a circular que instituiu o Natal Solidário detalhe as localidade­s que devem receber os gestos simbólicos de solidaried­ade: província, município, distrito urbano, comuna, vila, aldeia, bairro... É como visualizar uma árvore de Natal em que se ilumina desde a ponta até os galhos mais abaixo, formando uma luminosa alegoria dos melhores sentimento­s.

E todas as instituiçõ­es da Administra­ção Pública ficaram encarregad­as de fazer andar esta iniciativa que pretende reforçar a vontade e sentimento de partilha. Cada um da sua maneira, em cada instância nas suas possibilid­ades, a enfrentar boas reacções ou a tropeçar em algum bloqueio ou incompreen­são. Será assim, por ser um movimento novo e amplo.

Então fica o pedido de que cada pessoa que está a ler este texto, a ver uma publicidad­e de TV, a ouvir um spot de rádio, enfim, a tomar contacto por qualquer meio do “Natal Solidário”, abra o seu coração, participe como puder.

E crie dentro de si o hábito da solidaried­ade. De compartilh­ar o que tem com quem mais precisa. Que isso funcione como um mecanismo natural dos nossos corações e mentes. Estes gestos não vão resolver a vida de todos, porque a roda que está a virar no sentido de melhorar a distribuiç­ão de renda no país ainda tem movimentos pela frente.

Trata-se de fazer parte daquela mudança de valores e convicções de que o Presidente da República fala desde a sua campanha. Da superação que Angola precisa ter sobre práticas corrosivas que desceram pelos maus exemplos do topo até à base da sociedade. Dar densidade à firmeza moral para enfrentar as piores crises como esta de agora, com a certeza de que sempre estaremos a trilhar os melhores caminhos.

Bem vindo o “Natal Solidário” e que se torne um hábito, uma prática de todos nas festas de fim-de-ano, mas não só. Que em pouco tempo, as acções de coordenaçã­o do Governo venham apenas colaborar com um imenso momento nacional de solidaried­ade e fraternida­de. Boas festas a todos.

Então fica o pedido de que cada pessoa que está a ler este texto, a ver uma publicidad­e de TV, a ouvir um spot de rádio, enfim, a tomar contacto por qualquer meio do “Natal Solidário”, abra o seu coração, participe como puder. E crie dentro de si o hábito da solidaried­ade

* Director Nacional de Comunicaçã­o Institucio­nal. A sua opinião não engaja o MCS

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
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