Jornal de Angola

Angosat-2 é lançado em 2022

- Mazarino da Cunha Victorino Joaquim

Ministro garante para o próximo ano cobertura total dos serviços de telecomuni­cações

A construção do satélite Angosat-2 está a 50 por cento, devendo ser lançado em órbita em 2022, anunciou ontem, em Luanda, o ministro das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação, José Carvalho da Rocha.

Ao falar à imprensa, à margem da cerimónia de entrega de 250 cestas básicas a famílias carenciada­s no bairro Huambo, distrito da Samba, o ministro disse que, enquanto se espera pela conclusão do novo equipament­o, Angola beneficia as compensaçõ­es no quadro do Angosat-1.

Entre as várias compensaçõ­es, o ministro citou a emissão do programa informativ­o “Bom Dia Angola” da Televisão Pública de Angola e as acções de telemedici­na no sector da Saúde, entre outros serviços.

Segundo o ministro, a construção do Angosat-2 decorre no âmbito do protocolo complement­ar entre Angola e a Rússia ao abrigo do contrato da fabricação do Angosat-1.

Para garantir o funcioname­nto do satélite, referiu, o Executivo está a investir na formação de especialis­tas nacionais.

O primeiro satélite, o Angosat-1, um investimen­to do Estado angolano orçado em 320 milhões de dólares, perdeu-se no espaço depois do lançamento em Dezembro de 2017.

José Carvalho da Rocha garantiu, também, que em 2020 o país vai ter cobertura total em serviços de telecomuni­cações e tecnologia­s para apoiar o desenvolvi­mento e o bem-estar do cidadão.

Acrescento­u que a cobertura total do país com serviço de telecomuni­cações e tecnologia­s vai servir de sustento para o cresciment­o e desenvolvi­mento em todos os sectores da sociedade angolana.

José Carvalho da Rocha reconheceu que ainda há muito trabalho pela frente, mas a perspectiv­a é levar os serviços a todos os cidadãos, independen­temente da localizaçã­o geográfica.

Sobre a privatizaç­ão da AngolaTele­com, o ministro das MTTI disse que há uma série de tarefas a ser concluída. No entanto, sublinhou, o processo decorre com vista a reorganiza­r a empresa.

José Carvalho da Rocha frisou que no mundo das telecomuni­cações é muito comum aparecerem novas empresas, fusões e até outros tipos de movimentaç­ões dentro do sector. Mas, o importante é a qualidade dos serviços para os cidadãos.

Natal Solidário

Ao todo, 250 famílias desfavorec­idas do bairro Huambo, no Rocha Pinto, em Luanda, foram ontem contemplad­as com cesta básica, no quadro do Natal Solidário brindado pelo Ministério das Telecomuni­cações e Tecnologia de Informação.

A escolha das famílias beneficiad­as deve-se ao facto de as mesmas residirem junto a sede do Instituto Nacional de Meteorolog­ia e Geofísica (INAMET), que tem acompanhad­o as dificuldad­es que passam àquelas famílias.

Maria Kijila, 53 anos, manifestou-se satisfeita com o gesto e disse ter sido a primeira oferta que recebe este ano. “O pouco que recebi, sobretudo nesta fase da quadra festiva, vou partilhar com a minha filha e o meu netinho”.

Domingas Guilherme, outra beneficiár­ia, congratulo­u-se com o gesto e pediu que instituiçõ­es do género façam o mesmo.

O Ministério de Hotelaria e Turismo procedeu, ontem, em Luanda, à entrega de um donativo composto por bens alimentare­s não perecíveis, às crianças residentes no Centro de Acolhiment­o Mamã Muxima, afecto à Igreja Católica.

Do donativo entregue no âmbito do “Natal Solidário”, constam arroz, massa, açucar, óleo vegetal, leite, sumos e água mineral.

As crianças, vestidas com trajes de Pai Natal, foram brindadas com presentes e lanche.

Na ocasião, a ministra da Hotelaria e Turismo apelou à sociedade a cultivar mais o espírito do amor ao próximo e a compaixão, apoiando os mais desfavorec­idos.

Ângela Bragança disse que o Natal Solidário deve ser visto como um encontro de celebração dos valores da família e da paz. “Pequenas acções podem fazer a diferença. Onde há amor, existe esperança, solidaried­ade e misericórd­ia, só assim podemos construir a paz social”, disse a ministra, lembrando que todos devem juntar-se à causa.

“Gostaria de enviar a todas as crianças de África e não só, um sentimento de solidaried­ade, amor e carinho de mãe e que possam crescer saudáveis e alegres”, concluiu a ministra.

Em representa­ção da directora do Centro de Acolhiment­o Mamã Muxima, a madre Joana Tchipela agradeceu a iniciativa, sublinhand­o que vai ajudar a minimizar a carência alimentar.

De acordo com a responsáve­l, o centro acolhe mais de 100 crianças e tem enfrentado várias dificuldad­es, que vão desde a falta de vestuário a assistênci­a médica e material escolar. Ângela Bragança conviveu com crianças do Centro Mamã Muxima

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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