Água no Zango
Vivo no Zango 2 e o que me leva a escrever esta carta ao Jornal de Angola é a falta de água no referido bairro. Há dias, fui visitar os meus pais que vivem na zona de auto-construção dirigida, junto às casas de cor “amarela”, no Zango I, onde pude constatar a falta crónica de água naquela área. O bairro está habitado, mas consegui sentir na pele o drama daquelas famílias por causa da falta desse líquido precioso. Sei que o bairro está a crescer a cada dia que passa. Os moradores estão agastados, porque há mais de três anos que vivem sem o líquido precioso. As famílias são obrigadas a comprar uma cisterna de água no valor de 15 ou 20 mil kwanzas, para atestar os tanques construídos nos quintais. O consumo da água desses tanques pode ser prejudicial à saúde. Antes, há mais de quatro anos, apareceu uma equipa de chineses que fez ligações de canalização domiciliares no bairro, mas, até hoje, as torneiras não jorram água. Na área das casas sociais, mais conhecidas por “casas amarelas” do Zango 1, onde jorrava água, já não sai, as dificuldades aumentaram para os munícipes do distrito urbano. O bairro do Zango 1 está mais próximo do Rio Kwanza em relação a muitos outros da cidade de Luanda. Gostaria que o Executivo trabalhasse com a direcção da Empresa de Distribuição de Água de Luanda para aumentar a sua capacidade de captação. Viver próximo do rio é uma grande vantagem.
ZINHA ANDRÉ Zango 2