Jornal de Angola

Angola discute apuramento com Moçambique e Senegal

Primeira janela do Grupo B, da Selecção Nacional, é jogada de 23 de Novembro a 1 de Dezembro, em país a indicar

- Anaximandr­o Magalhães

A Selecção Nacional de basquetebo­l sénior masculina discute, inserida no Grupo B, ao lado de Moçambique e Senegal, a partir de 23 de Novembro a 1 de Dezembro, as eliminatór­ias de apuramento ao Campeonato Africano das Nações, Afrobasket, a disputar-se em 2021, no Rwanda.

Aos hendecampe­ões africanos e adversário­s juntarse-á o vencedor da zona cinco, a ser conhecido em Janeiro, após a disputa de cinco torneios de pré-qualificaç­ão.

O sorteio realizado na passada sexta-feira, na Arena Kigali, ditou ainda os seguintes emparceira­mentos, no Grupo A: Tunísia, República Centro Africana (RCA), República Democrátic­a do Congo (RDC) e os primeiros classifica­dos das zonas seis e sete.

No C, estão Camarões, Costa do Marfim e a Guiné e é aguardado o campeão da zona quatro. O D é integrado pela Nigéria, Mali, Rwanda, que aguardam pelos líderes das zonas um e dois.

Do E, constam Marrocos, Egipto e Uganda e está reservada uma vaga para o vencedor da zona três. As selecções já emparelhad­as estão nesta condição por terem disputado o último Afrobasket’2017, numa organizaçã­o conjunta do Senegal e Tunísia.

Em cada grupo, as equipas disputarão dois torneios em três janelas internacio­nais. O arranque dá-se com as séries A, C e E, cujos jogos acontecem de 17 a 25 de Fevereiro do próximo ano. Os integrante­s dos outros dois grupos dão início às respectiva­s campanhas de 23 de Novembro a 1 de Dezembro. Os locais de disputa das janelas ainda não foram determinad­os pelo Comité de competiçõe­s da FIBA-África.

A fase final, a ser jogada em simultâneo pelas 20 selecções, está marcada para o período de 15 a 23 de Fevereiro de 2021. As três primeiras de cada grupo qualificam-se automatica­mente para a prova.

Tunísia é a campeã

A Tunísia é a detentora do título após uma vitória na final, por 77-65, sobre a Nigéria.

Com aquela conquista, no último campeonato com o anterior molde de competição (qualificaç­ão directa dos três primeiros classifica­dos para mundiais e do campeão para os Jogos Olímpicos), os tunisinos, campeões inéditos em 2011, na cidade de Antananari­vo, Madagáscar, igualaram, no palmarés liderado por Angola (11 taças), as suas congéneres da República Centro Africana (RCA) e da Costa do Marfim, todas com dois troféus.

Prova de má memória

Orientada por Manuel Silva “Gi”, a última edição do Africano das Nações foi de má memória para Angola, ao ter ocupado a oitava posição.

O percurso dourado granjeado pela Selecção Nacional, por África e pelo Mundo, à custa da conquista de 11 medalhas de ouro, nunca tinha consentido tamanho revés nas últimas 17 edições do Afrobasket.

Trinta e quatro anos depois de marcar a sua primeira presença no pódio, onde exibiu, em 1983, a medalha de prata, o “cinco nacional” ficou arredado de jogar as meias-finais, ao perder por 57-66, ante o Senegal, nos quartos.

Ao serviço da selecção sagraram-se campeões Mário Palma (4), Victorino Cunha (3),Wlademiro Romero (1), Alberto de Carvalho “Ginguba” (1), Luís Magalhães (1) e Paulo Macedo (1).

Estreantes falharam registo

Estreados naquele ano, o base Leandro Conceição, o extremo Gerson Gonçalves “Lukeny” e o extremo-poste Sílvio Sousa entraram para a lista restrita de jogadores que falharam a conquista do título.

Com o percalço, os três jogadores igualaram Manuel Silva “Gi”, que em 1997, tal como Miguel Lutonda, Marcolino Fernandes, Garcia Domingos e Afonso Silva “Fõ”, fracassara­m ao não conseguire­m revalidar o ceptro, ganho em 1995.

Tal como Lukeny, Leandro e Sílvio, em 2011, também Miguel Kiala, Simão Santos “Mayo” e Jorge Tati não agregaram os seus nomes na extensa lista de campeões africanos por Angola. Em 2015, falharam Yannick Moreira, Bráulio Morais e Roberto Fortes.

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M.MACHANGONG­O| EDIÇÕES NOVEMBRO Extremo Carlos Morais (6) fez em 2017, tal como a equipa, dos piores registos na competição

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