General Tonta é sepultado no sábado
O corpo do general Tonta Afonso Castro, falecido sábado, em Luanda, por doença, é sepultado no próximo sábado, em local a indicar, avançou, ontem, ao Jornal de Angola, fonte do EstadoMaior General das Forças Armadas Angolanas.
Numa mensagem de condolências, o ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira “Kianda”, escreve que o General Tonta (e não tenente-general, como grafou o Jornal de Angola na edição de ontem), foi um combatente que muito cedo se disponibilizou para a luta pela conquista e preservação da Independência Nacional, da integridade territorial, da unidade nacional e da paz.
“Patriota convicto, (Tonta Afonso Castro) destacou-se no cumprimento do seu dever pela obediência, vasto conhecimento, espírito de luta e de liderança, lealdade, autodomínio, coragem e honra pela Pátria, com a qual se notabilizou no exercício de várias funções, em que destacamos a de conselheiro do ministro da Defesa Nacional”, lê-se ainda na mensagem do general Kianda.
“Nesta hora de dor e luto a que nos associamos, em nome do Ministério da Defesa Nacional e no meu próprio, curvo-me perante a memória do malogrado e apresento ao Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, à Caixa de Segurança Social das FAA e à família enlutada a expressão dos nossos mais sentidos pêsames pelo infausto acontecimento”, conclui Salviano de Jesus Sequeira.
O Estado-Maior General das FAA manifestou, domingo, o mais “profundo sentimento de pesar” pelo falecimento do general, aos 77 anos.
Condecorado pelo PR
Natural de Mbanza Kongo, onde nasceu a 2 Abril de 1943, Tonta Afonso Castro foi distinguido em 2005, pelo então Presidente da República, com a Ordem de Mérito Militar do Primeiro Grau.
No mesmo ano, foi condecorado, também pelo Presidente da República, com a Ordem dos Combatentes da Liberdade do Primeiro Grau. Antigo comandante do extinto ELNA (antigo braço armado da FNLA ao tempo da guerrilha), Tonta Afonso Castro juntou-se às forças do Governo, em 1983, com mais 1.800 militares e trinta mil civis. Foi integrado nas extintas FAPLA com a patente de major. Foi comandante da Região Militar no Huambo, tendo cumprido várias missões.
Ocupou ainda os cargos de segundo comandante da Frente Norte, de 1990 a 1991, comandante da tropa da Frente Norte (1991 a 1993), director dos SVC Missão Militar Angolana na República Democrática do Congo, de 1993 a 2000.