Ministro defende exportação de abacate
António Assis considera o abacate, de abundante produção nessa província, um produto valioso e muito procurado a nível internacional
O ministro da Agricultura e Florestas reconheceu ontem, no Huambo, o potencial da província na produção de abacate, um produto que considerou de “exportável” se for “bem feito, com rigor, ciência e técnica”, em colaboração com as famílias no meio rural.
António de Assis, que se deslocou ao Huambo na terça-feira, propôs que a exportação ocorra de in-natura ou em transformação, com o processamento feito no país, anunciando que o Instituto de Investigação Agronómica deu início a um trabalho de preparação de mudas de abacate para serem distribuídas às famílias do meio rural.
“O abacate é um produto valioso e muito procurado a nível internacional. Se nós tivermos produções consideráveis, a partir do trabalho das próprias comunidades, é possível obter bons resultados. Nós temos condições objectivas muito próprias puder fazer no país”, destacou.
Para atingir um índice de produção sustentável, enfatizou o ministro, o país deve apostar seriamente na “pesquisa e investigação científica”, e haver “dois eixos fundamentais” para o desenvolvimento da agricultura, dotando, para o efeito, os institutos especializados de meios técnicos e científicos para o melhoramento das condições de produção.
“Se quisermos desenvolver agricultura em Angola, nós temos que ter pesquisa e investigação, porque são os resultados da pesquisa e da investigação que vão orientar os diferentes actores que fazem o sector agrícola, sejam eles os camponeses e empresários: todos necessitam de formação científica e técnica para o desempenho da sua actividade”, sustentou.
Os institutos de Investigação Agronómica e Veterinária, na província do Huambo representam, na perspectiva do sector da Agricultura e Florestas, um papel fulcral no processo do aumento da produção interna, razão pela qual está a ser feito um trabalho para identificar melhor as necessidades das duas instituições, de modos a dotá-las de capacidades humanas, porque, disse, “não é possível, pelo vasto país que temos, desenvolver pesquisas agronómicas com um ou dois pesquisadores”, apontou.
Novo director do IIA
O ministro da Agricultura e Florestas apresentou ao corpo docente e funcionários, o engenheiro Boa António Pedro como novo director do Instituto de Investigação Veterinária do Huambo, em substituição de Kinssuculo Lando Kama, tendo António Assis apelado ao empenho dos profissionais, incentivando uma maior coesão e espírito de fraternidade.
Seis mil hectares são desbravados na Chiaca
Na comuna da Chica, município Tchinjenje, Huambo, seis mil hectares de terra estão a ser preparados para o ano agrícola 2019/2020, por agricultores organizados em cooperativas e associações de camponeses, com recurso à mecanização e de forma tradicional, anunciou o administrador comunal.
Severino Cameaço disse ao Jornal de Angola que os camponeses beneficiaram, por parte do Governo Provincial do Huambo, de instrumentos de trabalho para alargar as áreas de cultivo, visando garantir o fomento agrícola e melhorar as condições de vida das famílias, sublinhado que entre as parcelas em preparação, existem terras já desbravadas.
A Direcção Provincial da Agricultura do Huambo, apontou administrador comunal, distribuiu bovinos para tracção animal, charruas, enxadas, limas, tractores, catanas fertilizantes e sementes de hortícolas, de acordo as necessidades de cada camponês, o que contribuirá para a auto-suficiência alimentar.
Na comuna da Chiaca, afirmou, ocorre um aumento significativo de produção de diversas culturas alimentares, fruto do esforço do Executivo na criação de projectos de apoio às famílias camponesas.
A localidade, que conta com uma população de 14 mil habitantes, é potencialmente agrícola, com grande produção de milho, feijão, batata-rena, batatadoce, soja, jinguba e massambala.