A formação de quadros e a humanização nos hospitais
É muita gente que acorre diariamente aos hospitais do nosso país , esperando os cidadãos encontrar serviços eficientes nestas instituições, que têm o dever de salvar vidas humanas.
Os serviços de assistência médica e medicamentosa têm muitos problemas que vão sendo resolvidos , assistindo-se hoje a um esforço efectivo das autoridades no sentido de os pacientes poderem tratar de várias doenças no país, sem elevados custos e sem terem de se deslocar ao estrangeiro.
O sector da Saúde é uma área que é permanentemente escrutinada pelos cidadãos, o que é normal, tendo em conta que qualquer ser humano está sujeito a contrair doenças e espera que o seu país tenha as condições necessárias para a cura.
A assistência médica e medicamentosa é uma prioridade dos governantes no nosso país, e que continue a ser assim, até atingirmos a excelência. Mas para termos um bom sistema de Saúde não basta termos bons hospitais e muitos medicamentos. É necessário que haja um grande investimento no capital humano.
As pessoas que têm a grande responsabilidade de salvar vidas humanas devem ter uma formação sólida, devendo haver elevada exigência em relação à qualidade das instituições que têm de formar médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde.
Há hoje a tendência de se formar muitos quadros superiores em universidades e noutras escolas superiores, mas muitas destas instituições de ensino deixam muito a desejar no que respeita à qualidade dos conhecimentos que transmitem aos formandos. É importante que as instituições que se encarregam da avaliação de cursos superiores procedam a um rigoroso trabalho de fiscalização, para saber se os cursos que são ministrados no país correspondem aos padrões exigidos pelas entidades competentes.
Não podemos nos contentar apenas com a grande quantidade de quadros que anualmente saem das faculdades. Há estudantes que acabam cursos superiores mas apresentam deficiências de vária ordem , tendo depois dificuldade em conseguir um emprego. Não se deve permitir que instituições de ensino superior estejam a recrutar docentes sem competências para dar aulas , com a agravante de muitos deles se transformarem em "garimpeiros" que acham que podem atender a várias universidades ou escolas superiores, com enormes prejuízos para centenas de estudantes.
Queremos todos ter nos nossos hospitais quadros bem formados e dispostos a exercer com dedicação e amor à profissão que escolheram Quando estamos doentes e somos bem atendidos nos hospitais raramente nos esquecemos das pessoas (médicos , enfermeiros e outros técnicos) que nos trataram. Há cidadãos que, depois de serem bem tratados em hospitais, não se esquecem nunca dos nomes dos médicos e enfermeiros que os receberam e os cuidaram.
A humanização nos hospitais passa pelo amor ao próximo, e o próximo num hospital é o doente que olha para o médico, enfermeiro e para outros técnicos de Saúde como sendo aquelas pessoas que estudaram para tudo fazer no sentido de ele poder voltar a ter saúde. Como disse um antigo ministro da Saúde de Angola, o médico e o enfermeiro ou outro trabalhador deste sector deve tratar o doente como se de um familiar seu se tratasse.