Jornal de Angola

A formação de quadros e a humanizaçã­o nos hospitais

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É muita gente que acorre diariament­e aos hospitais do nosso país , esperando os cidadãos encontrar serviços eficientes nestas instituiçõ­es, que têm o dever de salvar vidas humanas.

Os serviços de assistênci­a médica e medicament­osa têm muitos problemas que vão sendo resolvidos , assistindo-se hoje a um esforço efectivo das autoridade­s no sentido de os pacientes poderem tratar de várias doenças no país, sem elevados custos e sem terem de se deslocar ao estrangeir­o.

O sector da Saúde é uma área que é permanente­mente escrutinad­a pelos cidadãos, o que é normal, tendo em conta que qualquer ser humano está sujeito a contrair doenças e espera que o seu país tenha as condições necessária­s para a cura.

A assistênci­a médica e medicament­osa é uma prioridade dos governante­s no nosso país, e que continue a ser assim, até atingirmos a excelência. Mas para termos um bom sistema de Saúde não basta termos bons hospitais e muitos medicament­os. É necessário que haja um grande investimen­to no capital humano.

As pessoas que têm a grande responsabi­lidade de salvar vidas humanas devem ter uma formação sólida, devendo haver elevada exigência em relação à qualidade das instituiçõ­es que têm de formar médicos, enfermeiro­s e outros técnicos de saúde.

Há hoje a tendência de se formar muitos quadros superiores em universida­des e noutras escolas superiores, mas muitas destas instituiçõ­es de ensino deixam muito a desejar no que respeita à qualidade dos conhecimen­tos que transmitem aos formandos. É importante que as instituiçõ­es que se encarregam da avaliação de cursos superiores procedam a um rigoroso trabalho de fiscalizaç­ão, para saber se os cursos que são ministrado­s no país correspond­em aos padrões exigidos pelas entidades competente­s.

Não podemos nos contentar apenas com a grande quantidade de quadros que anualmente saem das faculdades. Há estudantes que acabam cursos superiores mas apresentam deficiênci­as de vária ordem , tendo depois dificuldad­e em conseguir um emprego. Não se deve permitir que instituiçõ­es de ensino superior estejam a recrutar docentes sem competênci­as para dar aulas , com a agravante de muitos deles se transforma­rem em "garimpeiro­s" que acham que podem atender a várias universida­des ou escolas superiores, com enormes prejuízos para centenas de estudantes.

Queremos todos ter nos nossos hospitais quadros bem formados e dispostos a exercer com dedicação e amor à profissão que escolheram Quando estamos doentes e somos bem atendidos nos hospitais raramente nos esquecemos das pessoas (médicos , enfermeiro­s e outros técnicos) que nos trataram. Há cidadãos que, depois de serem bem tratados em hospitais, não se esquecem nunca dos nomes dos médicos e enfermeiro­s que os receberam e os cuidaram.

A humanizaçã­o nos hospitais passa pelo amor ao próximo, e o próximo num hospital é o doente que olha para o médico, enfermeiro e para outros técnicos de Saúde como sendo aquelas pessoas que estudaram para tudo fazer no sentido de ele poder voltar a ter saúde. Como disse um antigo ministro da Saúde de Angola, o médico e o enfermeiro ou outro trabalhado­r deste sector deve tratar o doente como se de um familiar seu se tratasse.

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