Educação criminaliza vandalismo em escolas
Quem parte o vidro, deverá ser obrigado a repor o mesmo, porque só assim é que vamos manter as escolas em condições
O Ministério da Educação vai ser implacável na responsabilização criminal de pessoas que danificam os bens públicos, assegurou, ontem, no Lubango, província da Huíla, o secretário de Estado para o Ensino Pré-escolar e Geral, Pacheco Francisco. O governante afirmou que não se pode continuar a tolerar a vandalização de infra-estruturas escolares sem a devida responsabilização. “O Ministério da Educação vai, a partir deste ano lectivo, que começa amanhã, a responsabilizar as pessoas que danificam o património”, avisou, sublinhando que quem partir o vidro da escola, deverá ser obrigado a repô-lo, sem descurar a tomada de outras medidas punitivas.
O secretário de Estado para o Ensino Pré-Escolar e Geral, Pacheco Francisco, anunciou, ontem, na cidade do Lubango, que para este ano lectivo, a iniciar amanhã, o Ministério da Educação vai ser implacável na responsabilização criminal de pessoas que danificam os bens públicos. Em entrevista ao Jornal de
Angola, Pacheco Francisco disse que é frequente ver alunos e não só a danificarem as infra-estruturas, assim como as carteiras, vidros, portas e janelas sem a devida responsabilização.
“O Ministério da Educação vai, a partir do ano lectivo 2020, começar a responsabilizar as pessoas que danificam o património”, disse, indicando que quem partir um vidro, deverá ser obrigado a repor o mesmo, porque só assim é que se podem manter as instituições de ensino em condições.
Reconheceu que a vandalização das infra-estruturas escolares ainda é um problema que prolifera um pouco por todo o país e a sociedade é chamada a participar na preservação e conservação deste património público, denunciando todos aqueles que apresentam comportamentos pouco dignos no que concerne à coisa pública.
Pacheco Francisco reconheceu que a vandalização tem a ver, também, com a falta de segurança nos estabelecimentos de ensino. “Não temos guardas a nível das nossas escolas, porque não se faz admissão nesta área, à semelhança do que ocorre com os auxiliares de limpeza”, referiu, salientando que a vandalização preocupa o sector.
Explicou que o Governo gasta muito dinheiro na construção e apetrechamento das escolas, por esse motivo a responsabilização deve vincar com rigor. “Sentimos muito quando se fala de vandalização a nível das escolas. Aliás, esta cultura não parece nossa, em que não só nas escolas, como em quase todas as áreas queremos vandalizar tudo e ninguém é responsabilizado”, lamentou, acrescentando que no âmbito do lema “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, para quem assim não proceder, deverá sentir a mão pesada das autoridades competentes.
“Pintura nas paredes, quebra de vidros nas portas e janelas, bem como o desvio e quebra de carteiras nas escolas, exigem maior vigilância de toda a sociedade, visto que esse comportamento é pouco digno”, disse, chamando a atenção dos pais e encarregados de educação a terem a cultura de denúncia de todos os cidadãos que vandalizam os bens públicos.
O secretário de Estado para o Ensino Pré-Escolar e Geral sublinhou a pertinência de consciencializar a sociedade sobre os deveres e responsabilidades dos alunos. “É preciso que os alunos estejam mais comprometidos com a aprendizagem, enquanto os professores devem estar em condições de melhor ensinar, para obtermos maiores resultados”, salientou, destacando também o papel da família no sucesso escolar.