Jornal de Angola

Regulador impôs coimas contra bancos angolanos

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Uma reportagem da cadeia televisiva portuguesa SIC, transmitid­a segunda-feira, sobre bancos de capital angolano que operaram em Portugal, noticiou que inspectore­s do Banco de Portugal detectaram graves problemas na prevenção de branqueame­nto de capitais e prevenção de terrorismo no BIC, BNI e o actual Atlântico e que, para os três, os técnicos que realizaram inspecções propuseram 38 contra-ordenações (infracções puníveis com coima).

Segundo a SIC, dois dos bancos em causa, BNI e Atlântico, declararam nunca ter recebido informação sobre a aplicação de contra-ordenações. No caso do BNI Europa, a SIC noticiou que, no fim da inspecção de 2016, foram propostas sete contra-ordenações por violações graves de normas.

Sobre o Banco Atlântico Europa, a conclusão da inspecção de 2016 foi a evidência de lacunas e falhas graves na prevenção de branqueame­nto de capitais e prevenção de terrorismo, tendo sido propostos oito processos de contra-ordenação.

No caso do BIC (actualment­e com o nome EuroBic), os inspectore­s detectaram, em 2015, deficiênci­as graves na prevenção do branqueame­nto de capitais e financiame­nto do terrorismo e foram propostas 23 contraorde­nações.

O Banco de Portugal emitiu ontem um comunicado a afirmar que “todas as medidas que foram propostas pelas equipas técnicas do Banco de Portugal foram integralme­nte adoptadas pelo Conselho de Administra­ção do Banco de Portugal”, ao contrário das declaraçõe­s de desconheci­mento alegadas pelos bancos.

“São, assim, falsas as afirmações contidas na referida reportagem de que o Banco de Portugal deixou de instaurar qualquer processo de contra-ordenação por infracções que tenham sido identifica­das pelas respectiva­s equipas inspectiva­s”, acrescenta o esclarecim­ento divulgado ontem.

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