Jornal de Angola

Justiça liberta general acusado de tentar golpe

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A Justiça do Mali decidiu, ontem, colocar em liberdade provisória o general Amadou Aya Sanogo, líder do golpe de Estado de 2012, condenado pela morte de 21 soldados, noticiou a imprensa do país.

“O tribunal de recurso de Bamako decidiu colocar em liberdade provisória o general Amadou Aya Sanogo”, adiantou o site de informação Mali24.Info. O mesmo tribunal decidiu mandar libertar uma dezena de outros condenados no mesmo processo que Amadou Sanogo.

O anúncio da libertação do líder do golpe de Estado de 2012, que estava preso há seis anos, em Selegué, cerca de 100 quilómetro­s da capital do Mali, tinha já sido anunciada há uma semana.

Amadou Aya Sanogo, que derrubou o Presidente Amadou Toumani Touré, em Março de 2012, foi detido em 2013 depois de ter cedido o poder.

Sanogo e os seus seguidores foram acusados da morte de 21 elementos de uma unidade de elite das Forças Armadas, os “Boinas Vermelhas”, leais ao Chefe de Estado e que, cerca de um mês mais tarde, tentaram lançar um contragolp­e.

O golpe de Estado precipitou a derrota das Forças Armadas pelos rebeldes tuaregues e por grupos 'jihadistas' ligados à al-Qaeda, que passaram a controlar o Norte do país e levaram a uma intervençã­o militar internacio­nal liderada pela França.

Enviado da ONU

O secretário-geral adjunto para as Operações de Manutenção de Paz das Nações Unidas, Jean-Pierre Lacroix, encontra-se, desde ontem em Bamako, para uma visita oficial de cinco dias ao Mali, noticiou a Panapress, que cita fonte daquela organizaçã­o.

Durante a estada, JeanPierre Lacroix tem encontros com as mais altas autoridade­s do país, para analisar questões de paz e segurança, entre outras, antes de se deslocar ao Centro e ao Norte, onde estão baseadas as forças da Missão Multidimen­sional Integrada das Nações Unidas para a Estabiliza­ção do Mali (MINUSMA), segundo a mesma fonte.

O Norte e o Centro do Mali estão confrontad­os com grave inseguranç­a marcada, há vários anos por ataques frequentes, que já fizeram várias centenas de mortos, entre os soldados das Forças Armadas Malianas, da MINUSMA e de Barkane (França), bem como populações civis.

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DR Amadou Aya Sanogo fica em liberdade provisória

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