Justiça israelita acusa Netanyahu de corrupção
A decisão surgiu horas depois do Primeiro-Ministro ter retirado o seu pedido de imunidade ao Parlamento
Benjamin Netanyahu foi, ontem, formalmente, acusado de corrupção em três casos distintos, noticiou a Reuters, que citou fonte oficial. Um tribunal israelita avançou com a acusação formal horas depois do Primeiro-Ministro ter retirado o pedido de imunidade que tinha feito ao Knesset, o Parlamento de Israel.
Não se sabe por agora para quando fica agendado o julgamento do líder israelita, algo que até pode levar anos a acontecer.
Netanyahu foi acusado de fraude, suborno e quebra de confiança em Novembro do ano passado e negou ter agido de forma incorrecta.
O Primeiro-Ministro de Israel justificou a decisão de retirar o pedido de imunidade com o facto de “não querer continuar este jogo sujo”, referindose ao debate que ia ter lugar no Knesset para analisar o assunto. A decisão de Netanyahu foi revelada numa publicação na conta do Facebook, horas antes do Knesset começar a debater a formação de um comité para analisar o pedido de imunidade do líder israelita.
Benjamin Netanyahu considerou ainda que esta é a “continuação da perseguição pessoal” de que é alvo.
Benjamin Netanyahu encontrase em Washington, onde assistiu ao lançamento do plano de paz para o Médio Oriente, elaborado pela administração Trump.
Para além de “Bibi”, também o rival político Benny Gantz foi à Casa Branca para se encontrar com o Presidente norte-americano. Nenhum representante da Palestina viajou a Washington, já que o plano de paz concebido pelo conselheiro de Trump e seu genro, Jared Kushner, é rejeitado pelos palestinianos.
Netanyahu e Gantz vão voltar a disputar a liderança israelita nas eleições de 2 de Março, o terceiro escrutínio para resolver o impasse político no país.