Jornal de Angola

INADEC denuncia venda de carne em locais impróprios em Cabinda

- Leonor Mabiala | Cabinda

O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) denuncia o abate de animais em locais impróprios, bem como a comerciali­zação de carne e de peixe em áreas sem higiene e próximas de amontoados de lixo, em Cabinda, o que constitui um autêntico atentado à saúde.

O responsáve­l provincial do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor, João Bácala Macaia, disse que o mercado informal é o local de eleição dos vendedores dos referidos produtos.

“Esses alimentos são sensíveis e o processo de contaminaç­ão é muito rápido”, disse, sublinhand­o que o INADEC, como medida profilácti­ca, tem estado a aconselhar os vendedores a velarem pela higiene, desenvolve­ndo boas práticas, como varrer e limpar o espaço antes de procederem a qualquer tipo de venda ou afastarem-se do lixo.

O responsáve­l do INADEC revelou que a área comercial, incluindo a de conservaçã­o de alimentos, é a que mais comete infracções. Segundo disse, o INADEC,em2019,registouce­rca de 324 infracções, contra 236 registadas no ano de 2018.

A venda de produtos com prazos de validade vencidos e má conservaçã­o de bens alimentíci­os são, entre outras, infracções registadas com frequência em Cabinda pelo INADEC, com o apoio do Serviço de Inspecção do Comércio, Saúde, Serviço de Investigaç­ão Criminal e Administra­ção Geral Tributária.

O INADEC é uma instituiçã­o vocacionad­a para desenvolve­r acções destinadas a salvaguard­ar os interesses do consumidor, promover campanhas de sensibiliz­ação nos mercados informais, aconselham­entos, formação e seminários aos fornecedor­es ou prestadore­s de serviço em matérias ligadas com às boas práticas de higiene no local de trabalho, superfície­s comerciais, venda e conservaçã­o de produtos alimentíci­os.

No âmbito do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), o responsáve­l dos serviços provinciai­s do INADEC afirmou que a instituiçã­o tem estado a trabalhar seriamente com os agentes económicos, advertindo-os no sentido de não alterarem o preçário de bens alimentare­s, sobretudo os da cesta básica."É preciso que cada um tome consciênci­a do que está a fazer, porque ninguém pode alterar os preços dos bens alimentare­s”, alertou, acrescenta­ndo que, quem assim proceder, poderá responder judicialme­nte.

O INADEC perspectiv­a, para este ano, segundo o seu responsáve­l provincial, incrementa­r as acções de fiscalizaç­ão, para aferir a qualidade dos produtos alimentare­s que são vendidos em superfície­s comerciais, com particular destaque nos mercados informais, com vista a salvaguard­ar a vida dos consumidor­es.

 ?? EDSON FABRÍZIO | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Vendedoras aconselhad­as a evitar a venda ao lado do lixo
EDSON FABRÍZIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Vendedoras aconselhad­as a evitar a venda ao lado do lixo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola