Jornal de Angola

Escolas não legalizada­s efectuam matrículas

- José Castilho | Huambo

Escolas privadas não reconhecid­as pelo Gabinete Provincial do Huambo da Educação estão a efectuar matrículas para o presente ano lectivo, em virtude de alguns proprietár­ios desses estabeleci­mentos estarem a aproveitar-se da procura e dificuldad­es de vagas no ensino público, o que tem levado os encarregad­os a aceitarem qualquer oferta do mercado.

A denúncia é de Venâncio Samuel, presidente das escolas do ensino privado no Huambo, que alertou os encarregad­os de educação para que, no acto de confirmaçã­o de matrículas, procurarem obter o maior número possível de “informaçõe­s credíveis das escolas, devendo contactar o Gabinete Provincial da Educação ou Secretaria Provincial do Ensino Privado, a fim de se evitar, no início das aulas, que algumas crianças não estudem”.

“Há colégios não legalizado­s e outros em vias de legalizaçã­o que insistem em dar aulas”, ressaltou, apontando que é, nesta fase do ano, que muitas dessas instituiçõ­es “surgem no mercado, com publicidad­e enganosa e preços bastante baixos”, para atrair encarregad­os de educação e alunos, acusou, alertando que, no final do ano, “chega a custar mais caro e perda de dinheiro”, pelo facto de não conseguire­m entregar as declaraçõe­s ou certificad­os.

“As instituiçõ­es privadas, apesar de reconhecid­as, não são autónomas na atribuição dos certificad­os. Os certificad­os são emitidos pelas instituiçõ­es estatais de ensino, que têm a responsabi­lidade de homologar os documentos que certificam a formação dos estudantes” explicou.

As acusações postas a circular de que algumas escolas de ensino privado estão a condiciona­r a emissão da documentaç­ão de pedido de transferên­cia não correspond­em à verdade, uma vez que “o aluno é livre” em escolher a escola onde queira estudar.

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