Escolas não legalizadas efectuam matrículas
Escolas privadas não reconhecidas pelo Gabinete Provincial do Huambo da Educação estão a efectuar matrículas para o presente ano lectivo, em virtude de alguns proprietários desses estabelecimentos estarem a aproveitar-se da procura e dificuldades de vagas no ensino público, o que tem levado os encarregados a aceitarem qualquer oferta do mercado.
A denúncia é de Venâncio Samuel, presidente das escolas do ensino privado no Huambo, que alertou os encarregados de educação para que, no acto de confirmação de matrículas, procurarem obter o maior número possível de “informações credíveis das escolas, devendo contactar o Gabinete Provincial da Educação ou Secretaria Provincial do Ensino Privado, a fim de se evitar, no início das aulas, que algumas crianças não estudem”.
“Há colégios não legalizados e outros em vias de legalização que insistem em dar aulas”, ressaltou, apontando que é, nesta fase do ano, que muitas dessas instituições “surgem no mercado, com publicidade enganosa e preços bastante baixos”, para atrair encarregados de educação e alunos, acusou, alertando que, no final do ano, “chega a custar mais caro e perda de dinheiro”, pelo facto de não conseguirem entregar as declarações ou certificados.
“As instituições privadas, apesar de reconhecidas, não são autónomas na atribuição dos certificados. Os certificados são emitidos pelas instituições estatais de ensino, que têm a responsabilidade de homologar os documentos que certificam a formação dos estudantes” explicou.
As acusações postas a circular de que algumas escolas de ensino privado estão a condicionar a emissão da documentação de pedido de transferência não correspondem à verdade, uma vez que “o aluno é livre” em escolher a escola onde queira estudar.