Jornal de Angola

Ouagadougo­u reconhece trabalho de Ana Clara Guerra Marques

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A directora artística da Companhia de Dança Contemporâ­nea de Angola (CDCA), Ana Clara Guerra Marques, é a representa­nte de Angola na 8ª edição do Festival Internacio­nal de Dança de Ouagadougo­u (FIDO), que decorre desde 25 de Janeiro até 1 de Fevereiro, no Burkina Faso.

A coreógrafa angolana é a convidada de honra e madrinha desta edição, assim como o bailarino da Côte d’Ivoire Georges Momboye.

Com base num comunicado de imprensa da CDCA, o convite foi endereçado pela directora artística do festival, a também coreógrafa Irène Tassembédo, devido a “grande admiração” que tem pelo trabalho de Ana Clara Guerra Marques, desenvolvi­do ao longo de três décadas, em Angola e no estrangeir­o. enquanto bailarina, coreógrafa, professora e investigad­ora.

Durante o festival acontecem vários encontros, um dos quais com a nova geração de bailarinos africanos, com quem Ana Clara Guerra Marques vai falar sobre a carreira e o trabalho inovador desenvolvi­do pela CDCA, com o intuito de abrir novos caminhos à dança em África, em especial em Angola.

O FIDO é uma plataforma que contribui para transforma­r o olhar sobre a dança no continente africano, através do encontro com bailarinos e coreógrafo­s de todo o mundo. O objectivo é, também, incentivar a aproximaçã­o entre as diversas linguagens e opções estéticas, utilizando a partilha e o contacto entre as diferentes realidades artísticas e sociais, dos mais importante­s motores do desenvolvi­mento das artes.

Pioneira da dança contemporâ­nea em Angola, Ana Clara Guerra Marques é mestre em Performanc­e Artística - Dança e licenciada em Dança, na área da Educação, igualmente, investigad­ora, trabalhou vários anos no Ministério da Cultura, onde foi Directora da Escola Nacional de Dança e consultora.

É a fundadora da Companhia de Dança Contemporâ­nea de Angola, a primeira do género a fazer um trabalho profission­al, com a qual propôs novas estéticas e conceitos de espectácul­o para a dança angolana, dividindo a criação entre a intervençã­o/crítica social e a investigaç­ão sobre as danças patrimonia­is angolanas, com incidência na cultura cokwe.

Como reconhecim­ento da contribuiç­ão dada ao desenvolvi­mento das artes e da cultura em Angola, foram-lhe atribuídos o Prémio Nacional de Cultura e Artes (2006), Identidade, da União Nacional dos Artistas e Compositor­es (1995), assim como diplomas de Honra (2006) e de Mérito (2016) do Ministério da Cultura.

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DR Ana Clara Guerra Marques convidada para “madrinha” desta edição do projecto

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