Angola nas meias-finais
Selecção Nacional defronta o anfitrião e campeão em título Marrocos nas meias-finais do Campeonato Africano das Nações
A Selecção Nacional de Futsal garantiu ontem o apuramento para a meia-final do CAN, ao vencer a Guiné Conacri, por 5-1, em desafio da última jornada do Grupo B, da competição africana que decorre no Reino de Marrocos.
Com o triunfo, o combinado nacional consolida a segunda posição do grupo e cruza o caminho do campeão em título, Marrocos, nas meias-finais, enquanto o Egipto, que ontem venceu igualmente Moçambique, por 3-2, confirmou a liderança isolada do grupo e mede forças com a Líbia.
Diante de um adversário completamente acessível, Angola sabia que dispunha de oportunidade soberana para corrigir a imagem deixada no jogo passado. E fêlo com competência. Os pupilos de Benvindo Inácio conseguiram fazer o que deles se esperava: assumir a maior posse de bola, dispor das maiores ocasiões de golo e submeter a Guiné a intensos períodos de pressão e calafrios.
A postura de equipa adulta e descomplexada dada a ver pelo combinado nacional, durante quase todo o jogo, permitiu reduzir os conacris à nulidade. Muito bem a trocar a bola, a criar espaços e a revelar bom rigor táctico, Angola foi capaz de superiorizar-se ao adversário, que não teve espaços para jogar ou repensar o seu futebol atacante, ao ponto de incomodar a baliza de Neblu.
Embora muito bem fisicamente, os possantes alas da Guiné mostraram-se impotentes para deitar por terra os angolanos nas marcações, sendo que a aposta no futebol “musculado” e sem progressão esbarrava sempre na forte muralha defensiva montada por Benvindo Inácio.
Mais uma vez, Neblu voltou a ser preponderante na estratégia defensiva, ao afastar para longe das suas redes todos os remates feitos à longa distância. O guardaredes angolano acabou por ser uma das figuras do jogo, sobretudo pelos excelentes reflexos e brilho perante jogadas de golo iminente. Dada a esta grande exibição, a selecção conseguiu ganhar confiança defensiva e condições para tomar de assalto o meio campo contrário.
Na segunda parte, o conjunto nacional confirmou a superioridade na partida. Umas vezes por Mano Sele, outras por Prado, Osna e Jó, Angola produzia volume de jogo suficiente para deixar a Guiné à toa e incapaz de reagir às adversidades. Como prova disso, o golo de Osna, aos 22, minutos foi uma consequência natural do domínio exercido pelos angolanos nesse período.
A dada altura, o nervosismo tomou conta da equipa de Conacri, que recorria sistematicamente à falta para travar os jogadores angolanos, atitude que custou a admoestação do árbitro. Intranquilo a defender e sem soluções no ataque, o conjunto orientado por Mohamed Camara viu Angola chegar ao terceiro golo, por intermédio de Osna e o 40, por Prado, na sequência de um penálti, aos 30 minutos, a castigar mão na bola de Batoura Keita.
O conjunto de Conacri ainda reduziu, aos 36’, por Salim Keita, após confusão na área de Neblu, em que Dias não consegue afastar a bola. Mas, a vencer de forma folgada, os angolanos tiveram o jogo nas mãos e souberam gerir a vantagem com tranquilidade. E como a Guiné oferecia de bandeja espaços para Angola jogar, ainda houve tempo para Jó, em tarde endiabrada, fazer o "hacktric" e fechar a contagem em 5-1. Depois disso, os Conacris renderam-se às evidências e atiraram a toalha ao tapete.