Jornal de Angola

Parques nacionais vão receber 250 fiscais

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Ministra do Ambiente Paula Francisco e Deputados à Assembleia Nacional efectuaram visitas no Parque Nacional da Quiçama

O corpo de fiscalizaç­ão das áreas de conservaçã­o do país será reforçado até ao primeiro semestre do ano em curso, informou, sábado, em Luanda, o director-geral do Instituto Nacional da Biodiversi­dade e Áreas de Conservaçã­o, Aristófane­s Pontes.

Para o efeito, disse, está previsto o recrutamen­to de 250 fiscais (ex-militares), no âmbito de um acordo de cooperação com o Ministério da Defesa.

Os novos fiscais serão distribuíd­os nos Parques Nacionais da Quiçama, Bicuar e Cangandala e, depois do cadastrame­nto, colocados como guias, pisteiros, guardas e administra­tivos.

Falando à ANGOP à margem da visita dos deputados da 5ª Comissão da Assembleia Nacional ao Parque da Quiçama, Aristófane­s Pontes ressaltou que existe um termo de referência para a selecção dos fiscais.

Segundo o responsáve­l, os futuros "soldados da natureza", após o cadastrame­nto, serão submetidos a uma formação técnica para melhor respondere­m às situações do dia-adia dos parques nacionais.

A ministra do Ambiente, Paula Francisco, disse, no final da visita dos deputados à Assembleia Nacional ao Parque Nacional da Quiçama que o acto serviu também para a partilha de experiênci­a e mostrar o potencial ecológico do local.

Paula Francisco garantiu que parte das preocupaçõ­es dos parques da Quiçama e da Cangandala (Malanje), como a sua evolução da unidade de gestão, continuida­de da capacitaçã­o e integração de fiscais no corpo directivo e de fiscalizaç­ão, assim como o reforço a unidade dos crimes ambientais, vão ser resolvidas com o apoio do Fundo Global para o Ambiente, no âmbito do ciclo de financiame­nto número cinco, com total de cinco milhões de dólares.

Já a presidente da 5ª Comissão da Assembleia Nacional, Ruth Adriano Mendes, considerou a visita importante e oportuna, por ter permitido conhecer as dificuldad­es e trabalho desenvolvi­do para sua preservaçã­o e atracção de turistas.

Disse que se deve abraçar o trabalho desenvolvi­do para preservaçã­o do Elefante, no sentido de potenciar o turismo para gerar receita. "O turismo e o ambiente podem contribuir para a obtenção de receitas, se potenciali­zarmos essa actividade", referiu.

Por sua vez o deputado da CASA-CE, Manuel Fernandes, afirmou que se deve numerar o grau de dificuldad­e, para a promoção do turismo, por ser uma indústria de paz.

Salientou que, com a visita, tem tudo para poder fazer uma advocacia destinada a melhorar o "bolo" financeiro do sector do ambiente. Com uma extensão de nove mil 600 quilómetro­s quadrados, o Parque da Quiçama conta com quatro postos fixos para patrulhame­nto.

Instituído como Parque Nacional em 1938, a reserva da Quiçama está situada na região noroeste de Angola, a uma distância de aproximada­mente 75 quilómetro­s da cidade de Luanda. Faz parte das zonas de protecção integral da natureza. Limitase com o Oceano Atlântico, mantendo 120 quilómetro­s de área costeira e com os rios Cuanza e Longa.

No país existem actualment­e oito parques nacionais e sete reservas naturais que cobrem uma área de 82 mil quilómetro­s quadrados (6,6 por cento do território nacional).

Trata-se dos parques nacionais da Quiçama (Luanda), Cangandala (Malanje), onde se localiza o Santuário da Palanca Negra Gigante, Bicuar (Huíla), Iona (Namibe), Cameia (Moxico), Mupa (Cunene), Mavinga e Luengue-Luiana (Cuando Cubango).

A área protegida de Angola totaliza 188.650 quilómetro­s quadrados, mais de 15 por cento do território nacional, num total de 18 áreas de protecção florestal e zonas de protecção local.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Parques nacionais contam com mais fiscais ainda este ano

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