Guiné Equatorial aposta na relação com a Rússia
O Vice-Presidente da Guiné Equatorial, 'Teodorin' Obiang, defendeu, sábado, em entrevista à “Sputnik”, a importância da cooperação militar com a Rússia, sustentando que o país tem de estar preparado para “qualquer eventualidade”, sejam ataques ou a chegada de refugiados.
“Temos de estar bem preparados para fazer frente a qualquer eventualidade, não apenas em caso de um ataque, mas também se houver refugiados. Com o Governo russo esperamos poder ter um apoio sério para saber como enfrentar esse tipo de situações”, disse Teodoro Nguema Obiang Mangue à edição online da “Sputnik”. Conhecido como 'Teodorin', o Vice-Presidente equatoguineense, que visitou a Rússia a semana passada, foi portador de uma carta do Presidente Teodorin Obiang para o homólogo russo, Vladimir Putin.
Na entrevista, 'Teodorin' Obiang assinalou que em África “há muitas tempestades” e apontou que a crise que atinge a região do Sahel, está a alastrar-se a países fronteiriços da Guiné Equatorial, como a Nigéria e os Camarões. Escusando-se a confirmar se o seu país pretende comprar novo material militar russo, o Vice-Presidente sublinhou a importância da cooperação na área da defesa entre os dois países.
“A maioria do nosso material é de origem russa (99 por cento), mas temos de ter bons quadros, bons técnicos que saibam manejar este material, por isso a cooperação militar com a Rússia é muito importante”, afirmou, e reforçou: “Sem essa cooperação, como é que poderemos formar bem o nosso Exército? Temos de defender-nos em caso de um eventual problema”. Teodorin elogiou a política externa da Rússia relativamente a África, que, disse, se traduziu no “êxito” da recente cimeira RússiaÁfrica, realizada em Sochi.