Transgressões reguladas
Regulador de trânsito que não cumpre a tarefa que lhe está destinada, pelo contrário desregula-o acintosamente, é, entre outras coisas, qual delas a mais nojenta, larápio do erário por ser de lá que lhe sai o salário.
O despropositadamente chamado “regulador de trânsito” é, ainda por cima, provocador, dá-se “ares de grande senhor”, exibe a baixeza moral que o caracteriza, de que é exemplo impunidade, manchando o nome da corporação da qual se serve para poder andar à solta na rua sem, para já, ser incomodado, quando devia estar atrás das grades a fazer companhia a alguns que foram lá postos por muito menos.
Exemplos dados por falsos reguladores de trânsito háos por toda a Luanda. Mencionamos apenas um, no coração da capital, no cruzamento das ruas Amílcar Cabral e Rainha Jinga, cujos semáforos não funcionam há uma série de dias, com a movimentação de carros, motos e pedestres a tornar-se, ainda mais, problemático. Como se tal não bastasse, com frequência, os tais incumbidos de disciplinar o tráfego rodoviário e pedonal ignoram a situação, conversam animadamente entre eles, com candongueiros, kupapatas, “lotadores” e . mandam parar viaturas para as “inspeccionar” minuciosamente, tal como documentação. Tudo isto, entre sinfonia de buzinadelas, transgressões, protestos, impropérios.
Os incorrectamente chamados “reguladores de trânsito” tem de ser - já deviam ter sido - retirados da rua para, então, se pensar em abrandar a balbúrdia pública luandense. E quem lhes permite os desaforos?