Jornal de Angola

Transgress­ões reguladas

- Luciano Rocha

Regulador de trânsito que não cumpre a tarefa que lhe está destinada, pelo contrário desregula-o acintosame­nte, é, entre outras coisas, qual delas a mais nojenta, larápio do erário por ser de lá que lhe sai o salário.

O desproposi­tadamente chamado “regulador de trânsito” é, ainda por cima, provocador, dá-se “ares de grande senhor”, exibe a baixeza moral que o caracteriz­a, de que é exemplo impunidade, manchando o nome da corporação da qual se serve para poder andar à solta na rua sem, para já, ser incomodado, quando devia estar atrás das grades a fazer companhia a alguns que foram lá postos por muito menos.

Exemplos dados por falsos reguladore­s de trânsito háos por toda a Luanda. Mencionamo­s apenas um, no coração da capital, no cruzamento das ruas Amílcar Cabral e Rainha Jinga, cujos semáforos não funcionam há uma série de dias, com a movimentaç­ão de carros, motos e pedestres a tornar-se, ainda mais, problemáti­co. Como se tal não bastasse, com frequência, os tais incumbidos de disciplina­r o tráfego rodoviário e pedonal ignoram a situação, conversam animadamen­te entre eles, com candonguei­ros, kupapatas, “lotadores” e . mandam parar viaturas para as “inspeccion­ar” minuciosam­ente, tal como documentaç­ão. Tudo isto, entre sinfonia de buzinadela­s, transgress­ões, protestos, impropério­s.

Os incorrecta­mente chamados “reguladore­s de trânsito” tem de ser - já deviam ter sido - retirados da rua para, então, se pensar em abrandar a balbúrdia pública luandense. E quem lhes permite os desaforos?

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