Centro de Produção da TPA entra em funcionamento
O Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA) na província do Zaire entra em funcionamento no presente ano com a criação de programas locais para, entre outros, difundir assuntos inerentes ao Património Mundial da Humanidade, anunciou o Presidente do Conselho de Administração da TPA.
Francisco Mendes, que falava durante o encontro de auscultação que o ministro da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, manteve com os jornalistas dos órgãos públicos sedeados na região, referiu que as instalações para o funcionamento do Centro de Produção já existem, carecendo apenas de obras de reabilitação.
"Visitámos as infra-estruturas construídas pelo Governo do Zaire para albergar o Centro de Produção, mas devido à vandalização de que foi alvo devem ser realizadas obras de restauro, cujo início depende da disponibilidade financeira", disse o responsável máximo da TPA.
Durante o encontro, os jornalistas apresentaram várias preocupações ao ministro da Comunicação Social, entre as quais a situação da falta de subsídios para alimentação e o alojamento nas deslocações aos municípios e comunas.
No encontro foi igualmente discutido o problema de exiguidade de espaço das instalações onde funcionam grande parte dos órgãos, com excepção da Rádio Nacional de Angola, que possuí instalações próprias.
Em reacção às preocupações apresentadas, o ministro Nuno Caldas Albino disse estar em estudo a construção de infra-estruturas com um padrão único para albergar os órgãos nas sedes provinciais numa primeira fase e, posteriormente, nos municípios estratégicos em termos de informação.
Em relação às dificuldades de transporte para os jornalistas nas deslocações intermunicipais, o ministro garantiu que o problema vai ser ultrapassado com a compra nos próximos tempos de uma viatura que possa apoiar todos os profissionais de distintos órgãos que estiverem em serviço, cujos custos de manutenção e abastecimento de combustível deverão ser repartidos entre os órgãos.
Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração da Agência de Notícias (Angop), Josué Isaías, anunciou, na ocasião, a realização, no primeiro trimestre do presente ano, um ciclo de formação regional, dirigido aos quadros da sua instituição nas áreas de informação e administração e finanças.
Explicou que o ciclo de formação está enquadrado na política do Ministério da Comunicação Social, que tem o jornalista como o epicentro da operacionalização do sector.
O presidente do Conselho de Administração da Edições Novembro, Víctor Silva, destacou na sua intervenção a entrada nos próximos meses de uma subscrição digital, que vai permitir alcançar um maior número de leitores em todo o país, de modo a colmatar as dificuldades de distribuição de jornais físicos pelo país devido às péssimas vias da comunicação.