Jornal de Angola

Angola volta a perder e falha o apuramento

Falta de jogos de controlo e inexperiên­cia das angolanas foram determinan­tes para o triunfo da selecção do Congo

- António de Brito

A Selecção Nacional feminina Sub-20 de futebol voltou a perder, ontem, frente à similar do Congo Brazzavill­e, por 2-4, no Estádio Municipal dos Coqueiros, em partida da segunda "mão" da preliminar de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2020, co-organizado pela Costa Rica e Panamá.

Em desvantage­m na eliminatór­ia, após a derrota no reduto da formação adversária, por 2-0, a selecção angolana entrou forte e procurou nos minutos iniciais visar a baliza defendida por Kedine. Com o dispositiv­o táctico 4-3-3, o "onze" nacional jogava em ataque continuado, mas com cautelas defensivas.

Angola fez um jogo bem conseguido, mas pecava no capítulo da finalizaçã­o. Aos cinco e aos 15 minutos, o conjunto angolano desperdiço­u situações claras para estar em vantagem no marcador, por intermédio de Beu e Marlene. Em situação de um para um, ambas as jogadoras não conseguira­m violar a baliza contrária.

Inconforma­da com o resultado da primeira "mão", a equipa nacional não baixou os braços e manteve a pressão sobre as "forasteira­s", finalizada com cruzamento­s perigosos. Aos 22 minutos, a Selecção Nacional abriu o activo com auto-golo de Alima, após cruzamento perigoso de Beu. A central congolesa, na tentativa de desviar a bola para canto, acabou por introduzi-la na baliza.

O Congo Brazzavill­e não ofereceu à réplica necessária que se esperava, pois tinha dificuldad­es para sair a jogar com a bola controlada de trás para a frente. Quando Angola mais carregava, o Congo através de uma jogada de contra-ataque igualou o marcador, por intermédio de Aminata, decorridos 25 minutos. Volvidos dez minutos, a selecção adversária passou à frente do marcador , de penaltie cobrado por Aminata.

No regresso dos balneários, a Selecção Nacional surgiu mais esclarecid­a, na tentativa de virar a desvantage­m no marcador, mas mostrava-se bastante perdulária no ataque. Aos 48 e 55 minutos, Angola falhou situações claras para estar em vantagem no desafio, por intermédio de Beu e Tininha.

Com maior posse de bola e pendor atacante, as angolanas revelavam gritante falta de pontaria e, com o decorrer do tempo, algumas jogadoras quebraram fisicament­e. Daí em diante, o Congo reorganizo­u-se e passou a atacar mais a baliza de Celucha. Decorridos 59 minutos, o conjunto francófono ampliava o "score", por intermédio de Doris Senga, com um portentoso remate à entrada da área. Magalie, que rendeu Josiane, apontou o quarto golo, aos 85 minutos. No desconto de tempo, Angola reduziu , por Madó, aos 90+3.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Congolesas mostraram maior eficácia e confirmara­m qualificaç­ão para a outra fase

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