Angolanos vão vencer as actuais dificuldades
Segundo o governante, se todos agirem como uma verdadeira comunidade e irmanados nos mesmos objectivos, o país vencerá as dificuldades actuais
O ministro do Interior, Eugénio Laborinho, assegurou, ontem, em Benguela, que os angolanos, todos unidos e a trabalhar para o bem comum, vão vencer as dificuldades com que se debatem no momento. Eugénio Laborinho discursava no acto central do 59º aniversário do início da Luta de Libertação Nacional.
As dificuldades com que se debatem os angolanos serão ultrapassadas se todos estiverem unidos, trabalharem no mesmo sentido e pensarem no bem comum, defendeu, ontem, na cidade de Benguela, o ministro do Interior.
Eugénio Laborinho, que discursava no acto central que marcou a passagem do 59º aniversário da data do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, garantiu que, se todos agirem como uma verdadeira comunidade e irmanados nos mesmos objectivos, “venceremos, seguramente, as dificuldades actuais”.
“Estamos em crer que com a mesma determinação que os heróis do 4 de Fevereiro tiveram, também saberemos dignificar, contribuindo no combate à corrupção e ao nepotismo, males que prejudicaram os angolanos, atrasando o tão esperado desenvolvimento do país”, disse o ministro.
Eugénio Laborinho mostrou-se confiante na diversificação da economia, factor que vai propiciar a melhoria do ambiente de negócios. Acredita que Angola terá mais investimento estrangeiro e na sequência o surgimento de um maior número de postos de trabalho para os angolanos, com particular realce para a juventude.
O facto de os festejos dos 59 anos do Início da Luta Armada de Libertação Nacional coincidirem com a celebração dos 45 Anos da Independência Nacional foi aproveitado pelo ministro do Interior para anunciar a abertura oficial das festividades do 45º aniversário do alcance da liberdade, programada para decorrer em todo o território nacional até 31 de Dezembro.
As actividades alusivas aos 45 anos de Independência Nacional vão decorrer sob o lema “Unidade, estabilidade e desenvolvimento”. Para Eugénio Laborinho, a estabilidade como elemento essencial para o alcance de qualquer objectivo e o desenvolvimento como a expressão máxima da luta para o bemestar dos angolanos só serão possíveis com união.
Em face disso, o ministro recomenda que as festividades dos 45 anos da Independência Nacional devem constituir um elemento de reflexão sobre o percurso histórico do país, bem como de reconhecimento da validade das acções desenvolvidas, de renovação da esperança e da crença no presente, com os olhos postos num futuro de desenvolvimento e de progresso.
De acordo com Eugénio Laborinho, todo esse processo decorre na base das técnicas da lavoura: “lançar a semente à terra e esperar que germine, cuidar da planta, vê-la crescer, eliminar as ervas daninhas para que se possa, no momento adequado, usufruir dos seus saborosos frutos”.
Segundo o ministro do Interior, a escolha da província de Benguela para albergar os festejos do 59º aniversário da data do Início da Luta Armada de Libertação e de lançamento dos festejos dos 45 anos da Independência Nacional deve-se ao reconhecimento pelo contributo da sua população nas mais variadas fases da História de Angola, no domínio político, económico, artístico, cultural e social.
Apoio ao Executivo
Numa mensagem lida no acto, os antigos combatentes e veteranos da Pátria solidarizamse com os esforços do Executivo angolano pela forma como tem estado a dirigir a reorganização de todos os sectores da sociedade e pelo combate à corrupção, à impunidade e ao nepotismo, que consideram o marco da estabilidade e desenvolvimento socioeconómico, financeiro e produtivo do país.
Entretanto, os ex-militares aproveitaram a oportunidade para solicitar ao Governo mais apoios e acesso aos diferentes serviços. “Ainda é deficitário o acesso dos descendentes dos antigos combatentes e veteranos da Pátria às instituições de ensino do II ciclo e do ensino superior”, queixam-se os ex-militares, que clamam igualmente pelo aumento da percentagem para as vagas existentes em outros sistemas de ensino.
Os antigos combatentes lamentam,também,ossubsídios irrisóriosquenãolhespermitem suportar as propinas no ensino privado,nemtão-poucosecandidatarem à compra de um apartamento nas centralidades. Com efeito, exigem aos órgãos competentes a revisão da Lei do Antigo Combatente e o reajustamento da pensão.
Apelo da UNITA
Em nota endereçada ao Jornal de Angola, a UNITA apela à Nação, em especial às novas gerações, para beber do exemplo de coragem dos nacionalistas para a reflexão e, sobretudo, para a acção, face aos desafios do futuro.