Jornal de Angola

Conglomera­do britânico ganha concessões de minas em Angola

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A Anglo American, um conglomera­do britânico que opera na área da mineração, com sede em Londres (Reino Unido), ficou com as cinco concessões para prospecção de metais básicos, colocadas a concurso público internacio­nal, em finais do ano passado.

A informação foi prestada à imprensa, na segunda-feira, pelo ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, à margem da Feira Internacio­nal de Minas “Indaba Mining”, que decorre na Cidade do Cabo, África do Sul.

Numa espécie de balanço sobre o ponto de situação da reestrutur­ação do sector mineiro no país, Diamantino Azevedo disse que “temos já, neste momento, outorgadas cinco concessões para prospecção de metais básicos a uma grande empresa de prospecção, a Anglo American”.

O concurso internacio­nal para a outorga de direitos mineiros de prospecção e exploração de diamantes, ferro e fosfatos foi lançado no início de Outubro pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, tendo sido feito um pré-anúncio, em Junho, após o que foram realizadas apresentaç­ões técnicas das minas em Luanda, Dubai, Londres e Pequim, até ao fim de Setembro último.

Diamantino Azevedo disse haver vários projectos em andamento, mas alertou para as caracterís­ticas específica­s da mineração, cujos trabalhos requerem tempo. “São precisos muitos anos de pesquisa e nem todas resultam em minas”, reforçou.

Dentre os projectos em curso, disse, estão os de exploração de rochas ornamentai­s, que já levam algum tempo e os de produção de ouro, que se encontram em fase incipiente.

Quanto ao processo de reestrutur­ação do sector mineiro, o ministro disse que está a decorrer como o planeado. “Queremos reestrutur­ar o sector mineiro sem criar nenhuma instabilid­ade, da mesma forma como fizemos no sector dos petróleos”, indicou.

O processo de reestrutur­ação do sector mineiro no país, de acordo com Diamantino Azevedo, está numa fase adiantada, prevendo-se, ainda para este ano, a aprovação de um novo modelo de gestão, que “trará alterações significat­ivas”.

A nível da regulação, anunciou, a novidade será a introdução da Agência

Nacional dos Recursos Minerais. Na área da comerciali­zação, prosseguiu, estão em fase de finalizaçã­o estudos para um novo modelo de venda de diamantes, que poderá passar pela criação da Bolsa Diamantes.

O objectivo, segundo o ministro, é criar mais celeridade para aprovação dos investimen­tos no sector e garantir maior transparên­cia, fazendo com que os investidor­es se sintam mais confortáve­is.

Assim, no primeiro dia do evento, na segunda-feira, o ministro Diamantino Azevedo desdobrou-se em encontros, entre o homólogo sul-africano e representa­ntes de empresas do ramo.

O ministro visitou, ainda, os dois “stands” de Angola, o primeiro onde empresas nacionais do segmento diamantífe­ro estão representa­das e o segundo, essencialm­ente institucio­nal, onde estão disponívei­s informaçõe­s geológicas recentes sobre o país.

O Indaba Mining é uma plataforma de intercâmbi­o de conhecimen­tos e busca de parcerias no ramo da mineração africana e acontece, habitualme­nte, na primeira semana de Fevereiro.

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DR Novas concessões inserem-se no quadro da reforma do sector mineiro em curso no país

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