Jornal de Angola

Cabo Verde revê regras do mercado

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O Banco de Cabo Verde (BCV) vai encerrar compulsiva­mente os bancos com autorizaçã­o restrita que funcionam no país, apenas para clientes não residentes, considerad­os “offshores”, que não se adequem no espaço de um ano aos novos requisitos.

A posição foi assumida à Lusa por fonte do banco central cabo-verdiano, a propósito da nova legislação aprovada pela Assembleia Nacional em Janeiro e que termina com as licenças restritas - para bancos que apenas trabalham com clientes não residentes e depósitos em moeda estrangeir­a, passando a estar obrigados a licenças genéricas e a trabalhar com clientes residentes.

“Findo o prazo legalmente estabeleci­do, se o BCV verificar que não houve a devida adequação aos requisitos legalmente estabeleci­dos ou de que não há garantias de uma gestão sã e prudente, o banco central iniciará um processo de dissolução­compulsóri­a(revogação da autorizaçã­o) e consequent­e liquidação administra­tiva”, explicou o banco central.

Acrescento­u que o encerramen­to de qualquer instituiçã­o de crédito “deve seguir os trâmites de um procedimen­to administra­tivo, de acordo com o quadro legal existente”.

Actualment­e, funcionam em Cabo Verde quatro bancos com autorizaçã­o restrita, casos do português Montepio Geral, do BIC (detido pela empresária angolana Isabel dos Santos), Banco de Fomento Internacio­nal (BFI) e Banco Privado Internacio­nal (BPI).

De acordo com informação reiterada ontem à Lusa pelo BCV, dois dos quatro bancos solicitara­m o alargament­o da licença para utilização genérica (Instituiçõ­es de Crédito de Autorizaçã­o Genérica - ICAG).

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