Jornal de Angola

Crianças frequentam ensino pré-escolar

- Manuela Mateus

Cinquenta e oito crianças do Centro de Acolhiment­o “Não há Órfãos de Deus”, situado no Distrito Urbano do Zango, município de Viana, província de Luanda, vão frequentar o ensino pré-escolar no presente ano lectivo.

A garantia foi dada aos jornalista­s, ontem, no período da manhã, pela fundadora da referida instituiçã­o, Albertina Capitango, que é apadrinhad­a pelo Ministério da Comunicaçã­o Social e que recebeu no mesmo dia 200 mulheres da Igreja Metodista, que conviveram com as crianças ali albergadas.

Alguns membros da referida igreja afirmaram que o convívio é sempre salutar porque “estas crianças merecem todo o apoio da sociedade, porque muitas delas são órfãos e outras desamparad­as e nós, como mães, temos a obrigação moral de prestar a nossa solidaried­ade a essa faixa da sociedade”.

Essas palavras comoveram a responsáve­l Albertina Capitango. Emocionada, disse que o centro acolhe, além de crianças órfãs, abandonada­s e de famílias vulnerávei­s, pessoas tóxico-dependente­s e alcoólatra­s.

“Nesse momento acolhemos, aproximada­mente, 95 crianças com idades que vão dos zero aos 15 anos. Temos seis compartime­ntos e funcionam aqui cinco funcionári­os. A grande preocupaçã­o é a aquisição de material escolar, principalm­ente para os que vão frequentar o ensino pré-escolar, e batas escolares, porque até hoje só temos ainda nove”, disse.

Como religiosa, Albertina Capitango acredita que vai receber apoio, não só da comunicaçã­o social como de outras instituiçõ­es públicas e privadas. “Temos recebido apoios da directora municipal da Educação de Viana, Madalena Massocolo, bem como do Ministério da Comunicaçã­o Social, que muito tem feito para ajudar estas crianças desfavorec­idas”, precisou, tendo acrescenta­do que “as nossas necessidad­es são inúmeras. Vão desde a falta de bens alimentare­s, vestuário, berçário, água potável e gás de cozinha”.

À título de exemplo, citou que dado o número de crianças, confeccion­am mais de 10 quilos de massa alimentar por cada refeição colectiva, o que não chega para os petizes alimentare­m-se suficiente­mente.

Albertina Capitango disse, também, que precisa-se de formação técnica e profission­al para os jovens com idades compreendi­das entre os 17 e os 23 anos, que se encontram no centro, "para quando saírem estarem prontos para o mercado de trabalho".

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EDUARDO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Centro acolhe crianças dos 0 aos 15 anos

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