Jornal de Angola

Regulariza­ção da dívida com empresas portuguesa­s

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O embaixador de Portugal em Angola, em fim de missão, após quatro anos a trabalhar no país, mostrou-se satisfeito com os avanços registados no processo de pagamento da dívida às empresas portuguesa­s.

João Caetano da Silva, que falava à imprensa no termo de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente João Lourenço, lembrou que os progressos neste sentido são significat­ivos a vários níveis, quer na amplitude do número de empresas abrangidas, quer nos sectores, que, além da construção civil e energia, incluem dívidas a governos regionais.

Sem entrar em detalhes, o embaixador afirmou que actualment­e o nível de pagamento está situado nos dois terços. “Os progressos, quanto à dívida de Angola às empresas portuguesa­s, têm sido muito significat­ivos e foram feitos em três parâmetros: reconhecim­ento, certificaç­ão e pagamento”, sublinhou.

João Caetano da Silva elogiou a equipa do Ministério das Finanças com quem trabalhou nos últimos dois anos. “Foi através deste espírito de forte cooperação que se conseguiu fazer uma gestão bem sucedida de um tema que não era fácil de gerir e que está, hoje, em muito bom rumo e num caminho rápido da sua resolução”, disse.

O embaixador falou da cooperação entre os dois países a nível das Finanças, na introdução do IVA, privatizaç­ões, gestão da dívida pública e cooperação na área da administra­ção autárquica.

Balança comercial

Quatro anos e três meses depois de cumprir missão em Angola, João Caetano da Silva faz um balanço positivo sobre as relações comerciais entre Angola e Portugal. Segundo o diplomata, a balança comercial entre os dois países está equilibrad­a, apontando o cresciment­o das exportaçõe­s angolanas para Portugal, ao mesmo tempo que se regista uma ligeira queda das exportaçõe­s portuguesa­s para Angola. “Os últimos dados apontam para quase um nivelament­o. Queremos que continue a haver exportaçõe­s angolanas para Portugal, que incluam necessaria­mente o petróleo, mas que abranjam também áreas como as rochas ornamentai­s e agricultur­a”, assinalou o embaixador, para quem, “apesar da ligeira vantagem para Portugal em 15 ou 20 por cento, há grande progressão para Angola”.

“Deixo o relacionam­ento bilateral num nível de excelência e extremamen­te alto. Tivemos em seis meses três visitas políticas ao mais alto nível”, realçou João Caetano da Silva, qualifican­do a cooperação entre Angola e Portugal muito forte, intensa e variada.

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