Jornal de Angola

Forte chuva à hora de ponta provoca embaraços ao trânsito

Vias alagadas, trânsito congestion­ado e paragens de táxi abarrotada­s de gente é o cenário registado ontem em Luanda, na sequência das fortes chuvas que se abateram sobre algumas artérias da cidade capital, criando muitos constrangi­mentos

- Paulo Caculo e Manuela Gomes

A chuva que se abateu, ontem sobre Luanda provocou sérios transtorno­s a vários citadinos apanhados de surpresa nas ruas da capital do país. O aguaceiro criou inúmeros constrangi­mentos a quem, entre às 11 e 13 horas, circulava por algumas artérias da cidade.

Numa breve ronda efectuada pelo Jornal de Angola em algumas zonas de Luanda, muito sacrificad­as sempre que chove, foi visível a agitação criada entre os transeunte­s e automobili­stas. Trânsito parado, charcos e paragens de táxi abarrotada­s foi o triste cenário registado na maioria das avenidas por onde passou a nossa equipa de reportagem.

Nalgumas zonas, como é o caso da rua principal do bairro da Samba, o trânsito na faixa descendent­e (para quem sai do Morro Bento para a Mutamba) esteve durante algum tempo condiciona­do, enquanto que, para o sentido ascendente, a marcha esteve lenta.

O lixo e a areia trazidos pela força das águas da chuva até à estrada foram a causa do trânsito demorado naquela via. Durante quase duas horas, período em que a chuva se abateu com alguma intensidad­e, as paragens de táxi estavam cheias de passageiro­s e muitos transeunte­s foram forçados a interrompe­r o trajecto, abrigando-se debaixo dos prédios, para não se molharem.

A força das águas era tanta que alguns pedestres arriscavam, ainda assim, a fazer a travessia nas estradas, com guarda-chuva, e outros com panos e sacos de plástico à cabeça.

À entrada da Ilha de Luanda, os automobili­stas enfrentava­m as primeiras dificuldad­es, que se prolongava­m até ao Ponto Final, tudo porque defronte ao Clube Náutico criou-se um enorme charco, em virtude da existência de um acentuado desnível no asfalto, que, em forma de banheira, absorveu enorme quantidade de água, suficiente para obrigar os carros a circular quase em marcha lenta.

Na Avenida de Portugal, apesar do trânsito fazer-se com alguma normalidad­e, a grande preocupaçã­o prendia-se com a escassez de táxis, facto que causou a aglomeraçã­o de muita gente. A procura de um transporte que os pudesse levar aos destinos tornou-se um «bico-deobra» para a maioria dos citadinos, que tentavam deixar ou chegar à Baixa de Luanda.

Foi na Rua da Brigada, arredores do mercado dos Congoleses, onde se viu a imagem mais deplorável. Conhecido como local que absorve o maior volume de água vinda de zonas adjacentes, o local rapidament­e transformo­use num autêntico lamaçal, com carros e peões a tentarem safar-se como podiam. E como há sempre quem aproveite a ocasião para facturar algum dinheiro, alguns jovens ofereciam-se para ajudar quem se visse em situação aflitiva para atravessar a rua, carregando-os às costas, a troco de 50 kwanzas.

No largo 1º de Maio, os citadinos que por aí foram apanhados de surpresa pela chuva tiveram de correr para tentar conseguir um lugar no táxi ou abrigar-se debaixo dos edifícios. Para os cidadãos residentes no Bairro Militar, por detrás do Jumbo, o aguaceiro parece ter durado uma eternidade, tendo em conta o estado em que ficaram as principais vias de acesso.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO A chuva que durou pouco menos de duas horas deixou muitas ruas de Luanda alagadas

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