São Tomé e Príncipe corta subsídios sociais a doentes
São Tomé e Príncipe vai cortar os subsídios sociais aos doentes deslocados a Portugal há mais de dois anos, para incluir novos na lista de apoios, informou ,ontem, a Embaixada daquele país em Lisboa.
De acordo com a Embaixada, citada pela Lusa, a actual situação financeira do país não tem permitido “ao Estado o envio regular da verba destinada às necessidades dos doentes transferidos para Portugal” através de juntas médicas.
A decisão surge na sequência de uma reunião do embaixador António Quintas com cerca de uma centena de doentes, em 30 de Janeiro, na região de Lisboa, onde ficou clara a necessidade de “incrementar maior controlo na concessão de subsídios mediante a actualização permanente da lista de beneficiários”.
O objectivo é actualizar a lista de doentes que beneficiam de subsídios sociais da Embaixada, valores que variam entre os 40 e os 80 euros e se destinam a ajudálos a custear despesas de transporte, medicamentos e às vezes alimentação.
No encontro com o embaixador, vários doentes queixaram-se de atrasos no pagamento dos subsídios e denunciaram casos de pessoas que já tiveram alta e continuam a receber valores.
As novas atribuições de apoios passarão a ter em conta, entre outros aspectos, as doenças dos beneficiários, nomeadamente as situações de diálise, oncologia, a situação socioeconómica dos beneficiários e se estes têm trabalho remunerado.
Haverá, ainda, maior controlo na entrega dos valores, que terão de ser recebidos pessoalmente pelos beneficiários com exigência de apresentação dos documentos de identificação.